Palestinianos “cometeram crimes de guerra no conflito de Gaza”, revela relatório

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Israel Defense Forces / Flickr

Militantes palestinianos cometeram crimes de guerra em Gaza durante o último conflito de 11 dias com Israel, ao disparar indiscriminadamente milhares de rockets contra áreas civis, revelou um relatório da Human Rights Watch (HRW).

A HRW, citado pelo Independent, indicou que os militantes palestinianos dispararam mais de 4.360 rockets contra cidades israelitas, que causaram a morte de 13 israelitas – incluindo duas crianças e um soldado – e de sete palestinianos. Em julho, acusou também Israel de violar as leis de guerra em três ataques, que vitimaram 62 civis palestinianos.

Durante os combates de maio, os grupos armados palestinianos “violaram de forma flagrante (…) as leis de guerra sobre ataques indiscriminados, lançando milhares de rockets não guiados contra cidades israelitas”, disse Eric Goldstein, diretor da HRW para o Médio Oriente e o Norte da África.

O conflito iniciou a 10 de maio, após o Hamas ter disparado rockets em direção a Jerusalém, em apoio aos protestos palestinianos contra o policiamento em Israel no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, local sagrado para judeus e para muçulmanos. Seguiram-se semanas de violência.

Israel afirmou que cerca de 20% dos rockets lançados por militantes palestinianos caíram dentro da Faixa de Gaza e que a maioria dos restantes foram intercetados pelo sistema de defesa aérea ou caíram em áreas abertas.

“Os rockets que os grupos armados palestinianos dispararam carecem de sistemas de orientação e estão sujeitos a falha, tornando-os extremamente imprecisos e, portanto, inerentemente indiscriminados quando direcionados a áreas civis”, apontou o relatório. “Lançar tais foguetes para atacar áreas civis é um crime de guerra”, frisou.

Para o Hamas, “o único beneficiário do relatório é a ocupação israelita, porque equipara a vítima ao verdadeiro criminoso, enquanto o povo palestiniano está a exercer o seu direito legítimo de resistir à ocupação”.

O Tribunal Penal Internacional está a investigar possíveis crimes de guerra cometidos por Israel e pelo Hamas em Gaza.

Taísa Pagno //

7 Comments

  1. “ Para o Hamas, “o único beneficiário do relatório é a ocupação israelita, porque equipara a vítima ao verdadeiro criminoso, enquanto o povo palestiniano está a exercer o seu direito legítimo de resistir à ocupação”.”

    Vale a pena dizer mais alguma coisa?
    Mentalidades…

      • “a Palestina é que quer ocupar a terra que pertence a Israel.”
        Hahahahaaa… muito bom; só faltou dizer que é o que está escrito na Bíblia!…
        O Hamas e os radiais judeus ortodoxos estavam bem juntos… são do “melhor” que as religiões dão à humanidade…

      • Sim, é possível situar os judeus naquele território anteriormente denominada Judea, e posteriormente mudada para Syria Palaestina, após a revolta judaica.
        Por mais de 3500 anos situa-se a presença judaica naquele local.

        Bastava ler um pouco para saber que o antigo testamento bíblico é um registo de eventos daquele povo, acredite ou não na sua vertente teólogica.

      • Entre a mitologia bíblica e a realidade vai alguma (muita) diferença, mas onde é que “a Palestina é que quer ocupar a terra que pertence a Israel”, encaixa?
        Quando exactamente é que a Palestina “quis” ocupar terra que pertence a Israel?

  2. Que esperar de um grupo terrorista e de um povo mentalizado sob essa orientação político-religiosa? A ideia deles e seus vizinhos tem sido sempre exterminar o povo judeu, têm-se saído mal em várias guerras, têm tido a sorte de se manterem ainda como povo independente apesar de algumas amputações geográficas, mesmo assim persistem na provocação constante com o ámen de grande parte da comunidade de países.

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