Os territórios do ultramar franceses conferem à nação europeia o primeiro lugar da lista de nações com mais fusos horários.
À pergunta “qual o país do mundo com mais fusos horários?”, o leitor certamente tende a responder com o nome dos países com maior área territorial, como é o caso da Rússia, Canadá, China ou Estados Unidos da América.
No entanto, essa resposta está errada. Para chegar à correta, o melhor é orientar o seu raciocínio para a história, para o colonialismo e, sobretudo, para a dispersão dos países, mais do que o território em si.
Surpreendentemente, o território com mais fusos horários é a França, com 12, segundo o livro do Guiness.
O elevado número justifica-se com os vários territórios que o país ainda tem sob a sua jurisdição, como é o caso da Polinésia Francesa ou várias ilhas na zona das Caraíbas.
Vale a pena lembrar que o mundo está dividido em 24 fusos horários, um por cada hora do dia e segundo linhas de 15 graus. No entanto, na prática, as coisas não são assim tão simples — como tudo na vida.
Tal como aponta o IFL Science, a localização não é o único critério que os países seguem para determinar o seu fuso horário. Há fatores culturais, políticos e geográficos, e ainda aqueles que escolhem ter uma diferença de 30 ou 15 minutos, por exemplo (como é o caso do Nepal).
Como consequência, existem atualmente no mundo 38 fusos horários, em vez dos expectáveis 24.
A maioria dos países tem apenas um fuso horário, apesar de haver 23 exceções com dois ou mais fusos horários. A Rússia e os Estados Unidos, por exemplo, têm 11, ao passo que a Austrália e o Reino Unido (bem como a Antártida) têm 9.
O caso chinês também é curioso. É que apesar de se prolongar por cinco zonas horárias, o país só tem um fuso, conhecido como o fuso de Pequim, numa tentativa de promover a unidade do país. A Índia é um exemplo semelhante, graças ao seu território imenso e população expressiva.
A Antártida não é um país.
Exato, é um continente. Aliás por baixo do gelo temos terra.
Afinal era o que eu estava a pensar.