O padre Giselo Andrade, que assumiu a paternidade de uma criança, não é caso único em Portugal. Há mais 11 padres que assumiram filhos que continuam a exercer o sacerdócio.
O Correio da Manhã apurou que há 18 padres que assumiram a paternidade de filhos que continuam a desempenhar funções de sacerdócio no nosso país. Circunstância que se verifica porque “o Direito Canónico é omisso em relação aos filhos de um sacerdote”, explica ao jornal Público o padre Anselmo Borges, professor da Universidade de Coimbra.
“O que a lei diz neste caso, é que deve ser devidamente sancionado pelo bispo e sempre de forma justa”, considera o padre Borges, concluindo que esse castigo “pode ser, por exemplo um retiro num convento para reflexão”.
No caso do padre Giselo Andrade, que tem estado na ordem do dia depois de ter assumido a paternidade de um filho em Agosto passado, a Diocese do Funchal, onde o sacerdote exerce, na paróquia da freguesia do Monte, não admite avançar com qualquer processo disciplinar.
“Há um caminho a fazer e tempo para o fazer com respeito e discernimento”, refere uma fonte da Diocese ao Diário de Notícias da Madeira.
Igreja Católica não admite “vida dupla”
O bispo do Funchal, António Carrilho, já tinha dito ao mesmo jornal que “caberá ao próprio sacerdote, discernir em diálogo com o bispo se pretende continuar a exercer o ministério sacerdotal segundo as exigências e normas da Igreja, ou, se pretende abraçar outra vocação”.
“Tudo se perdoa, desde que haja verdadeiro arrependimento e mudança de vida”, disse ainda o bispo do Funchal, frisando que a Igreja Católica não admite “uma vida dupla”.
O padre terá expressado à Diocese o desejo de continuar a ser padre e chegou a agradecer o apoio dos paroquianos, num “momento difícil”, na missa de domingo, nota o Público.
A Conferência Episcopal Portuguesa, que reúne os bispos portugueses, ainda não se pronunciou sobre o caso. Já a Diocese do Funchal reforça a ideia de que, mesmo que continue a ser padre, Giselo Andrade “deverá assumir todas as suas responsabilidades inerentes à situação” de pai.
Entretanto, numa sondagem no site do DN Madeira sobre se “o celibato dos padres faz sentido”, 30% das respostas indicam que “Não, mas quem é padre deve respeitar a norma disciplinar”. Para 20.3% dos participantes o celibato “nunca fez” sentido e 18.9% acreditam que o princípio “deve ser revisto com urgência”.
Em 12.1% das respostas nota-se que “é uma hipocrisia” e apenas 9.9% consideram que faz sentido e que “quem não cumpre deve deixar o sacerdócio”. Já 8.7% mencionam que “devia ser facultativo”.
Qual é o problema? deixem o homem em paz. É melhor andar a fazer coisas ás escondidas que quando são descobertas deixam os senhores padres todos de boca aberta e com aquele ar de inocentezinhos culpados.
A natureza a funcionar, sim porque o que os senhores fazem é que não é nada natural.
Qual será o maior erro ou pecado se lho quiserem chamar, o padre ter relações sexuais com uma mulher ou a Santa Sé proibi-los de ter uma vida normal como qualquer outro ser humano?
Eh pá… Então… Para ser padre faz-se um voto de castidade, mas… pode-se ter filhos? Alguém meteu os pés pelas mãos (terão sido pés?).
Alguém sabe quem foi o Padre Saúl de Sousa? Padre Católico, casado, pai de filhos ,excelente pessoa que nunca faltou ás suas responsabilidades enquanto padre, nem tão pouco aos seus paroquianos. Sempre disponível para tudo e para todos.
Agora infelizmente falecido correu todas as religiões mas só se identificou por completo com a Igreja Católica Apostólica Romana.
Tendo chegado a essa conclusão já casado foi feito um pedido ao Papa para poder tornar-se Padre na Igreja Católica. Sendo esse pedido aceite não percebo qual o espanto de haver mais casos. A diferença aqui é que o falecido padre Saúl era casado e o Padre Giselo não é, mas pelo menos assumiu o que muitos escondem.
“A diferença aqui é que o falecido padre Saúl era casado e o Padre Giselo não é”Pois… Mas essa diferença” é enorme! Eu sou contra o celibato, mas se ele existe (como regra e lei para quem entra para a igreja) é para ser cumprido. Não foi! Quando mudarem as regras (podemos esperar sentados) aí tudo bem, mas quando se aceita um compromisso com determinadas regras, essas mesmas regras têm de ser cumpridas. Se acha que não consegue cumpri-las (ou não quer/concorda) então não ingressa na igreja. PONTO!