As leis romanas determinavam que o uso de peças púrpura, cuja produção era cara e luxuosa, tinha de ser controlado para se manter a ordem social.
A Roma Antiga, conhecida pelas suas realizações na arquitetura, engenharia, política e guerra, era também um centro de regulamentações sociais e declarações de moda. Contrariamente ao que se possa pensar, a cor de uma peça de vestuário não era apenas uma escolha pessoal; usar roxo era um verdadeiro ato político.
O púrpura tiriano, uma tonalidade vibrante de roxo que ainda hoje é associado à realeza, era produzido com o caracol marinho murex, era um dos corantes mais cobiçados e caros da antiguidade.
Com milhares de caracóis necessários para produzir apenas uma onça de corante, as peças tingidas nessa cor tornaram-se um símbolo de poder, prestígio e riqueza. Imperadores e altos funcionários vestiam-se com togas púrpuras para destacar o seu status exclusivo, separando-se assim do povo comum.
No entanto, os romanos, conhecidos pela sua hierarquia social estruturada, regulamentaram o uso do púrpura através de leis suntuárias. Essas leis visavam preservar a moral social, evitando o excesso de luxo e mantendo claras as distinções entre as classes sociais.
Quem fosse apanhado a desafiar estas normas, enfrentava consequências que podiam variar desde multas até o confisco de bens ou, em casos extremos, exílio. Tais medidas sublinham o papel significativo que a cor desempenhava na sociedade romana, explica o Ancient Origins.
O interesse pelo púrpura tiriano terminou abruptamente com o saque de Constantinopla em 1204. A partir daí, nem os imperadores bizantinos nem os governantes latinos das antigas terras bizantinas tinham os recursos financeiros para sustentar a produção deste corante luxuoso.
Assim, enquanto as cores podem parecer uma mera escolha estética nos dias de hoje, na Roma Antiga, a cor púrpura era uma questão de identidade social e política, demonstrando até que ponto o Estado estava disposto a ir para manter as hierarquias estabelecidas.
Tal como hoje, mariquices.