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Os primeiros fogos de artifício surgiram de uma busca chinesa pela imortalidade

Os primeiros fogos de artifícios explodiram em céus chineses. Não iluminaram o céu, mas para infelicidade de um químico chinês, o evento foi uma grande surpresa.

Segundo o Live Science, que cita Gunpowder, Explosives and the State: A History, o primeiro “estrondo” foi resultado de uma antiga busca pela imortalidade.

Na China do século IX, o objetivo primordial da alquimia era produzir uma substância que prolongasse a vida ao ponto de conseguir, inclusive, enganar a morte. A alquimia nunca produziu uma mistura capaz de desafiar o fim, mas produziu uma explosão que viria a mudar a forma como comemoramos festas em todo o mundo.

Uma explosão requer apenas três componentes. Em primeiro lugar, deve haver um combustível – um composto químico que consiste em moléculas longas, semelhantes a cadeias, com ligações muito fortes. Depois, deve haver uma substância química chamada oxidante. O oxidante quebra estas ligações e liberta uma tremenda energia durante o processo. Por fim, o ingrediente calor, e forma a obter a reação explosiva.

Na esperança de produzir um pó capaz de prolongar a vida, o criador dos primeiros fogos de artifício misturou carvão (o combustível perfeito) com nitrato de potássio, que era, na altura, um conservante alimentar e um forte oxidante. A adição de enxofre teria baixado a temperatura de ignição do carvão, mas com um pouco de calor para estimular a reação, o pó acabou mesmo por explodir.

Envolta em bambu, a nova mistura passou a ser presença assídua em cerimónias religiosas e no início do ano novo. O barulho extremamente alto que produzia era encarado pelas pessoas da época como um “espanta espíritos“.

Mas esta experiência química não produziu apenas o primeiros fogos de artifício. A mistura, mais tarde apelidada de pólvora, foi também utilizada na guerra. No século XIII, a pólvora era usada para construir foguetes, pintados como dragões, que era lançados em direção a mongóis invasores.

Atualmente, os fogos de artifício iluminam e enfeitam céus ao redor do mundo, e a verdade é que pouco mudaram. Produtos químicos coloridos e modernos foram adicionados à sua composição, mas a mistura é essencialmente a mesma. Os pirotécnicos podem agradecer à busca chinesa pela imortalidade.

ZAP //

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