A idade das pegadas humanas mais antigas encontradas no Parque Nacional de White Sands, no Novo México, foi confirmada como tendo entre 21.000 e 23.000 anos, de acordo com um estudo recente.
Estas pegadas sugerem que a presença humana na América do Norte data de há muito mais tempo do que se pensava, escreve a Tech Explorist.
Investigadores do Serviço Geológico dos EUA (USGS) e uma equipa internacional utilizaram dois novos métodos de datação para confirmar a idade destas pegadas antigas. As estimativas de idade originais foram obtidas através da datação por radiocarbono, o que levantou questões devido a potenciais problemas com as plantas aquáticas que obtêm carbono de fontes dissolvidas na água.
Para ultrapassar este desafio, os investigadores recorreram à datação por pólen de coníferas, um método que se baseia em material vegetal terrestre que pode ser datado por radiocarbono sem as mesmas complicações que as espécies aquáticas como a Ruppia cirrhosa.
Para cada amostra, aproximadamente 75.000 grãos de pólen foram separados e datados. As idades obtidas a partir das amostras de pólen e de sementes foram estatisticamente as mesmas, fornecendo um forte apoio ao intervalo de idades previamente estimado.
Além disso, os cientistas utilizaram a datação por luminescência oticamente estimulada, que determina a última vez que os grãos de quartzo foram expostos à luz solar. Este método revelou uma idade mínima de cerca de 21.500 anos para as amostras de quartzo retiradas das camadas com pegadas, corroborando ainda mais os resultados do radiocarbono.
Com estas três linhas de evidência separadas, todas indicando o mesmo intervalo de idade, os investigadores reforçaram o caso da presença de humanos na América do Norte há cerca de 21.000 a 23.000 anos.
Os resultados deste novo estudo foram recentemente publicados na conceituada revista Science.
Acho que os cientistas devem descobrir ainda muitas coisas que aconteceram muito antes do que pensavam…-