Golfinhos do porto de Sevastopol da Crimeia ocupada podem ter escapado durante a grande tempestade de 26 e 27 de novembro.
Imagens de satélite recentes sugerem que os golfinhos militares da Rússia, cercados no porto de Sevastopol da Crimeia ocupada, podem ter escapado após uma grande tempestade que atingiu o Mar Negro.
O jornalista e analista de inteligência de fontes abertas H. I. Sutton relatou no passado dia 28, no X, danos significativos à zona onde costumam estar os golfinhos.
***UPDATE***
Here -> https://t.co/JNp29b73XLA massive storm battered Crimea on the Nov 26-27. Preliminary analysis reveals that the dolphin pens in Sevastopol harbor are gone(!) 100%
It is plausible that some or all of the trained dolphins have been freed. #OSINT pic.twitter.com/hRTwX6dp8l
— H I Sutton (@CovertShores) November 28, 2023
A tempestade, que assolou a Crimeia em 26 e 27 de novembro, deixou em aberto o destino dos animais. Sabe-se, no entanto, que as cercas foram destruídas e os golfinhos podem mesmo ter aproveitado para escapar, segundo o IFL Science.
Se os golfinhos de Sevastopol realmente escaparam, podem vir a prosperar no Mar Negro, lar de outras subespécies de golfinhos-nariz-de-garrafa e cetáceos.
No entanto, a sua sobrevivência enfrenta desafios, nomeadamente o conflito contínuo na região.
Em resposta aos ataques de drones pelas forças ucranianas, a Rússia duplicou este ano o número de golfinhos treinados para defesa na sua frota do Mar Negro.
Dispositivos recentemente desenvolvidos, que recebem e transformam os sinais de sonar dos golfinhos em sinais num monitor do operador, abrem ainda mais possibilidades no uso destes animais em operações de defesa.
A Rússia tem histórico na militarização de animais marinhos, que remonta à Guerra Fria, e já usou no passado golfinhos para impedir que operações submarinas ucranianas de sabotagem aos navios russos.
Além de golfinhos, também baleias beluga são usadas no âmbito do programa militar de mamíferos marinhos da Rússia. Estas baleias são treinadas para detetar minas e mergulhadores, e, alegadamente, usadas em operações de espionagem.
O uso de animais marinhos em operações militares não é exclusivo da Rússia. A Marinha dos EUA, assim como potencialmente a Suécia, Israel e a Coreia do Norte, são conhecidos também por treinar animais marinhos para fins semelhantes.