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Os animais que migram vivem rápido e morrem jovens

J. Kelly / Wikimedia

Um novo estudo concluiu que as espécies migratórias desenvolvem-se mais rápido, reproduzem mais cedo e morrem mais jovens.

Uma recente investigação, que analisou mais de 1.000 espécies de pássaros e mamíferos, debruçou-se sobre as associações entre as estratégias migratórias e as histórias de vidas dos animais.

Segundo a agência espanhola Sinc, os cientistas descobriram que os animais migratórios vivem rápido e morrem jovens. Por outras palavras, as espécies migratórias desenvolvem-se mais rápido, reproduzem-se mais cedo e morrem mais jovens do que as espécies residentes semelhantes.

Ao priorizar a reprodução em vez da sobrevivência, as espécies de “vida rápida” têm o potencial de aumentar em número mais rapidamente, o que pode equilibrar os custos de energia de longo prazo e os riscos de migração de curto prazo.

O artigo científico, recentemente publicado na Nature Communications, indica ainda que as espécies migratórias que caminham e nadam são, normalmente, maiores do que os seus parentes residentes. Os autores acreditam que a razão reside no facto de só animais grandes poderem armazenar energia suficiente e usá-la de forma eficiente para possibilitar grandes migrações terrestres e oceânicas.

Já as espécies migratórias que voam são mais pequenas. A razão é a mesma: entre as espécies voadoras, acontece o oposto, já que o tamanho grande torna o voo mais caro em termos de energia.

As descobertas podem explicar o motivo pelo qual muitas espécies migratórias estão em declínio, uma vez que vidas “mais rápidas” podem tornar os animais menos capazes de se adaptarem às mudanças nos habitats e no clima.

ZAP //

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