Um novo estudo, feito nas escolas portuguesas, revelou que quase metade dos adolescentes, em Portugal, tem sintomas depressivos. As raparigas são quem manifesta indicadores mais preocupantes.
No último ano letivo, o número de adolescentes em Portugal com sintomas depressivos rondou os 45%.
É um número revelado pelo programa de promoção da saúde mental e prevenção de comportamentos suicidários em meio escolar “Mais Contigo”.
Quase metade (45,4%) de uma amostra de 13 mil adolescentes no país apresentou sintomatologia depressiva, representando um aumento face aos números de anos anteriores, alertou, esta quinta-feira, em comunicado, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), esta quinta-feira, responsável pelo programa,
No ano passado, em que o “Mais Contigo” se estendeu a mais escolas do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, subiram também os adolescentes com indícios e manifestações de depressão moderados (14,8%) ou graves (15,3%).
“Uma vez mais, foram as raparigas a manifestar piores indicadores de saúde mental – maior sintomatologia depressiva, menor autoconceito e menor bem-estar”, conclui o estudo.
Segundo o comunicado, os resultados têm por base uma amostra de alunos com uma média etária de 13,4 anos (faixa compreendida entre os 11 e os 21 anos de idade) a frequentarem 153 agrupamentos de escolas, mais 197 escolas ou colégios, de norte a sul de Portugal (incluindo Açores e Madeira).
Mais atenção à saúde mental
“No final da intervenção, foi possível diminuir [de forma ligeira] a sintomatologia depressiva, aumentar o bem-estar e o autoconceito, sendo que 96 adolescentes foram referenciados e encaminhados para serviços de saúde mental e psiquiatria e outros 90 para cuidados de saúde primários”, lê-se na nota.
O coordenador nacional do “Mais Contigo” e professor de saúde mental e psiquiatria na ESEnfC, José Carlos Santos, salientou que o programa cumpriu a sua missão, embora haja ainda desafios pela frente.
Citado no comunicado, o docente frisou que foram reforçadas as “dimensões protetoras para o comportamento suicidário, autoconceito e bem-estar, e reduzidas as de maior risco, o estigma e a sintomatologia depressiva, que passou de 30,1% [no início da intervenção] para 26% – mesmo assim um valor alto”.
De acordo com o responsável, os resultados obtidos “apelam para a necessidade de acompanhamento e intervenção sistemática dos adolescentes em contextos comunitários, onde a escola emerge como contexto prioritário”.
José Carlos Santos salientou a necessidade de haver “um lugar para a saúde mental” na formação dos adolescentes.
ZAP // Lusa
Pudera, é uma depressão viver nesse país, com hiper inflação, políticos de fugir, impostos que mais parecem roubos, salários de 3. mundo. Ninguém pode estranhar o futuro que lhes reserva, depressivo qb.
Eu sou reformado e também estou deprimido… desde a minha adolescência!
No pântano Social que vivemos , os miúdos , adolescentes e mesmo Jovens Adultos , veem uma Vida muito comprometida e sem um Futuro decente en perspetiva , a não ser que nasçam en berços dourados ; e mesmo assim ????!