O prémio, que é uma sátira do Prémio Nobel, também destacou este ano uma pesquisa sobre a melhor forma de transportar rinocerontes – de cabeça para baixo e pelas pernas – e o papel da barba na proteção do rosto dos homens.
A edição de 2021 do Prémio Ig Nobel, que celebra o lado cómico da ciência, divulgou esta quinta-feira os responsáveis por “avanços científicos” que “fazem as pessoas rir, e depois pensar”.
O prémio na categoria Medicina foi para Olcay Cem Bulut, da Alemanha, que concluiu que o sexo com orgasmo pode ajudar a descongestionar as vias nasais. A pesquisa da equipa de investigadores alemães, foi realizada em 18 casais, e identificou uma melhoria na respiração durante até 60 minutos após o orgasmo.
A categoria Paz foi vencida por Ethan Beseris, Steven Naleway e David Carrier, da Universidade de Utah, nos EUA, que descobriram que a barba tem a função de proteger os rostos humanos, e não apenas uma razão estética.
A equipa de investigadores usou um composto de resina epóxi para simular ossos humanos e pele de ovelha como substituto para a pele humana, enquanto a lã substituiu a barba.
“Se o mesmo é verdade para o cabelo facial humano, então ter uma barba cheia pode ajudar a proteger as regiões vulneráveis do esqueleto facial, como a mandíbula, de golpes prejudiciais”, afirmou Beseris.
O veterinário Robin Radcliffe, que ganhou o prémio na categoria Transportes, mostrou com a sua pesquisa que transportar rinocerontes de cabeça para baixo e pelas pernas é muito melhor para a saúde dos animais do que transportá-los de lado.
“O que adoro nos veterinários da vida selvagem é que realmente podemos pensar de forma menos convencional”, afirmou Radcliffe.
Outros estudos, que venceram o Prémio Ig Nóbil nas suas categorias, concluíram que a obesidade dos políticos pode ser um bom indicador do nível de corrupção de um país, analisaram bactérias em pastilha elástica colada em calçadas, e mostraram novos métodos de controlo de baratas em submarinos.
Devido às medidas de restrição por causa da covid-19, a cerimónia foi realizada pela internet e não no seu local habitual, a Universidade de Harvard, nos EUA.
Seguindo a tradição, vencedores do verdadeiro Prémio Nobel, como Frances Arnold (Química, em 2018) e Eric Maskin (Economia, em 2007), entregaram os prémios aos vencedores das dez categorias do Ig Nobel, que receberam um troféu de papel e uma nota falsa de 10 biliões de dólares do Zimbabué.
ZAP // Deutsche Welle