(dr) Beira Alta TV

Apesar de o Estado ter devolvido a totalidade dos fundos europeus que financiaram o programa “Aldeia Segura – Pessoas Seguras”, o Organismo Europeu de Luta Antifraude vai investigar o caso das golas inflamáveis.
O Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) está a investigar o caso das golas anti-fumo, segundo avança o Público. Recorde-se que o Ministério Público já remeteu vários documentos ao OLAF referentes a este caso, pelo qual já acusou um ex-secretário de Estado e o general que liderava a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Apesar da Proteção Civil ter devolvido na totalidade os 833,4 mil euros de fundos europeus dados no âmbito do programa “Aldeia Segura – Pessoas Seguras”, o OLAF vai continuar a investigar a atribuição do dinheiro.
Em causa está a contratação e compra de material de proteção e sensibilização anti-incêndios que estava destinado às populações de aldeias no interior que estão mais expostas aos fogos, onde se incluíam as golas antifumo. Descobriu-se mais tarde que as golas não davam a devida proteção e que eram feitas com um material inflamável.
O Ministério Público agora acredita que o programa era um esquema criado para o Estado fazer contratos com empresários com relações próximas do secretário de Estado da Protecção Civil e dos seus colaboradores mais próximos, que estariam num conluio com os dirigentes da Proteção Civil.
Um relatório da entidade gestora datado de Abril de 2020 dava conta de que algumas das empresas escolhidas para os fornecimentos dos materiais nem estavam habilitadas neste ramo.
Uma delas, a Foxtrot Aventura, limitava-se apenas a gerir um parque de campismo, tendo de subcontratar a compra das golas a outras empresas, apesar de as normas para a atribuição dos fundos serem claras na proibição à subcontratação.
Acho muito bem!
Acho bem, pena só agora se lembrarem de investigar a corrupção e não o terem feito quando começou a vir aos milhões por dia da CEE para sabermos onde foi parara maioria desse dinheiro, nessa altura e até o Cavaco Silva pedia para não se falar em corrupção senão lá fora iam pensar que Portugal era um País de corruptos