Cabrita terá pressionado Proteção Civil a elogiar golas antifumo. Caso obrigou Governo a devolver 844 mil euros à UE

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António Cotrim / Lusa

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita

O Ministério Público acusou ontem o ex-secretário de Estado e ex-líder da Proteção Civil de defraudarem o Estado no negócio da compra das golas anti-fumo. O texto refere que Cabrita, então Ministro da Administração Interna, pressionou Mourato Nunes.

O JN avança que o ex-Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pressionou o antigo líder da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Mourato Nunes, para este elogiar a qualidade das golas anti-fumo e justificar as irregularidades nos procedimentos de aquisição.

Recorde-se que se descobriu depois que as golas eram feitas com um material inflamável. A revelação integra a acusação do Ministério Público feita ontem.

Além de Mourato Nunes, o MP acusa o ex-secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, membros do seu gabinete e os empresários envolvidos de terem desviado 364 mil euros de fundos públicos destinados ao programa “Aldeia Segura – Pessoas Seguras”, que tinha como objetivo dar materiais de proteção contra os incêndios à população do interior.

Eduardo Cabrita, que não é nem arguido nem suspeito no caso, classificou a polémica como uma “notícia falsa” na altura, já depois de virem a público as informações sobre a qualidade e preço dos golas.

No entanto, a acusação relata que Mourato Nunes se recusou a validar a qualidade das golas, mesmo depois de ter sido “pressionado por Eduardo Cabrita“.

Uma mensagem citada na acusação, o ex-líder da Proteção Civil refere que a descrição da “virtualidade das golas é excessiva na proteção de pescoço e cara, devendo limitar-se à proteção das vias respiratórias” e alertando que “não devemos cair no ridículo“.

O Ministério Público afirma ainda que houve um conluio entre os dirigentes da Secretaria de Estado da Proteção Civil (SEPC) e da ANEPC para favorecerem as empresas de amigos.

O caso que mais prejuízo deu ao Estado foi o dos 15 mil kits de autoproteção e das 70 mil golas encomendadas a uma empresa detida pelo empresário Ricardo Nuno Fernandes. O empresário em questão era próximo de um oficial da GNR que era adjunto do ex-Secretário de Estado, Jorge Barbosa, que terá facilitado o negócio. O MP avança ainda que o grupo ia usar os fundos europeus para pagar as faturas, o que aumentou os custos em 174 mil euros.

Governo devolve totalidade dos fundos

A acusação do processo foi conhecida ontem e visou José Neves (ex-secretário de Estado de Eduardo Cabrita), o general Mourato Nunes, quatro ex-membros de gabinete de José Neves e três funcionários da Proteção Civil, que foram acusados de de fraude na obtenção de subsídio e de participação económica em negócio.

No total, o Estado terá saído lesado em 364 mil euros, mas o Governo decidiu jogar pelo seguro e devolver todos os 844 mil euros dos fundos europeus destinados ao programa “Aldeia Segura – Pessoas Seguras” a Bruxelas, avança o Observador.

ZAP //

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7 Comments

  1. Então esses bandidos dividiram o dinheiro e agora os contribuintes devolvem esses fundos á Europa
    Porque é que as estórias xuxalistas acabam sempre da mesma maneira?

    • Se formos a ver bem, quantas borradas das grandes têm feito os xuxalistas. E a maioria do ignorante povo parece que gosta e vota neles com todo o interesse. Por isso é que este Portugalzito está cada vez pior. Acordem por favor para ver se construimos um país decente, de que os nossos filhos e netos se possam orgulhar no futuro.

  2. Cabrita pressionou Proteção Civil para elogiar golas antifumo?! Golas compradas como não inflamáveis que depois se verificou que todas ardiam! É de espantar como um governante destes não é constituído arguido. Já no caso da morte do funcionário na auto-estrada, o mesmo aconteceu. Então tem-se que se questionar a Justiça: Porquê Cabrita estava tão bem protegido que a Justiça nunca lhe “pôs a mão”?

    • Pois, o António ampara toda a M**** que ele próprio põe no governo. Como no caso recente do ministro fantoche que o atraiçoou de forma nunca vista em Portugal.

  3. Esta infame criatura caprina é uma das MUITAS que transitaram do desGoverno bancarroteiro do mafioso gatuno PSócrates para o desGoverno do seu camarada amigo do peito Kostaline, o indiano bazófias. Fez tantas, este zé das golas, e nunca lhe puseram a mão?!

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