Um simples filtro de ar reduz o absentismo das crianças em 12,5%. “É um efeito bastante grande”.
Com a presença deste dispositivo, a assiduidade escolar aumentou em 1,3 dias por aluno em 5 escolas primárias de Milão, o que reduz em 12,5% o absentismo.
Uma equipa italiana instalou purificadores de ar portáteis de alta qualidade em 43 salas de aula escolhidas aleatoriamente. Os investigadores asseguram que este dispositivo tem um efeito mais eficaz do que os filtros HEPA.
Com a presença um simples filtro de ar, a equipa de cientistas verificou ainda uma redução de 32% nas partículas PM2.5 nestas salas de aula, embora não seja ainda possível perceber ao certo se a diminuição se deve à redução da poluição atmosférica, a níveis mais baixos de pólen ou de agentes patogénicos como os vírus.
“É um efeito bastante grande”, comenta a especialista Stefania Renna, citada pela New Scientist, que apresentou os resultados do estudo numa reunião da União Europeia de Geociências em Viena, Áustria, esta semana.
Milão tem um particular problema com a qualidade do ar, porque a poluição pode ser retida pelas montanhas à volta da cidade. Ainda que haja outros lugares europeus onde não se cumprem as diretrizes da Organização Mundial de Saúde no que toca a poluição atmosférica, “poucos outros lugares na Europa são tão maus“, diz a investigadora.
Há limitações ao estudo, explicam os autores, que não excluem que exista uma contribuição psicológica para os resultados. Agora, estão em curso outros ensaios noutros lugares para confirmar. Poderão as salas de aula do futuro ter de utilizar este básico sistema de purificação do ar?