Obama proibido, TPI procurado: as novidades da Rússia

Presidente dos EUA está proibido de entrar na Rússia. Procurador é procurado pela Justiça e Greenpeace é “indesejável”.

“Já é hora de Washington aprender que nem um único ataque hostil contra a Rússia ficará sem uma forte reacção”.

As palavras são de Sergey Lavrov, que justificou assim a lista de 500 pessoas dos EUA que, a partir de agora, estão proibidos de entrar na Rússia.

Barack Obama é um nome que se destaca. O antigo presidente dos EUA não tem autorização para entrar na Rússia.

A lista tem políticos, chefes de gabinete e assessores, jornalistas, comediantes.

Paul Abbate, director do FBI, aparece ao lado de outras personalidades como os jornalistas Jeffrey Scott Shapiro e Erin Burnett, o apresentador e humorista Stephen Colbert, ou o actor Seth Meyers.

É uma reacção da Rússia “às sanções anti-russas regularmente impostas pela administração de Biden, que, de acordo com o plano de Washington, visam infligir o máximo dano à Rússia”, justificou o ministro dos Negócios Estrangeiros.

No mesmo dia, sexta-feira, o Ministério do Interior da Rússia anunciou que Karim Khan, procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), está na “lista de mais procurados” da Rússia. Sem justificar o alegado crime de Khan.

Recorde-se que o TPI emitiu um mandado de captura contra Vladimir Putin. O presidente da Rússia é acusado pelo TPI de crimes de guerra pela “deportação ilegal” de milhares de crianças ucranianas durante a guerra na Ucrânia.

Num dia de anúncio triplo, dividido por três ministérios da Rússia, o Ministério Público local declarou que a Greenpeace é uma organização “indesejável“. Tem de interromper imediatamente todas as suas actividades na Rússia.

O Kremlin considera que a organização ambientalista não governamental tem ingerido nos assuntos internos do país: “É uma ameaça para os fundamentos da ordem constitucional e para a segurança da Rússia e tenta derrubar o poder de maneira inconstitucional”.

A Greenpeace já reagiu: “É um passo absurdo, irresponsável e destrutivo que nada tem a ver com a protecção dos interesses do país”.