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O seu smartphone pode prever o seu risco de morrer nos próximos cinco anos

As tecnologias nos telemóveis que medem o nível de actividade física conseguem prever o nosso risco de morte prematura com uma precisão de 70%.

Parece que já há forma de verificarmos o nosso próprio “prazo de validade”.

De acordo com novo estudo publicado na PLOS Digital Health, a resposta está no nosso smartphone. Se o deixarmos a registar passivamente os dados dos nossos movimentos, o nosso telemóvel podem pode prever o risco de morrermos nos próximos cinco anos com uma precisão de 70%.

A pesquisa chegou a esta conclusão tendo por base estudos anteriores que mostram grandes correlações entre o ritmo da nossa passada e a nossa saúde através do uso de dispositivos sofisticados.

Desta vez, os autores decidirem tentar entender se os sensores mais simples dos smartphones também conseguem fazer previsões confiáveis. Para isto, analisaram uma base de dados de 100 mil participantes do Biobank do Reino Unido, que usaram uma pulseira com uma tecnologia semelhante às dos telemóveis para a medição da sua actividade física durante uma semana.

“Embora estes dados tenham sido recolhidos com monitorizadores de atividade, os nossos modelos de sensores usam apenas as entradas que seriam viáveis ​​​ usando telefones baratos e disponíveis actualmente. Isto é possível por causa dos nossos ensaios clínicos extensos com telemóveis baratos, que desenvolveram modelos altamente precisos sobre a saúde cardiopulmunar dos pacientes“, revela o estudo.

Usando apenas seis minutos de dados recolhidos pelo smartphone, o algoritmo consegue prever o risco de mortalidade nos próximos cinco anos com a mesma precisão que um dispositivo mais complexo usado durante 24 horas por dia.

Os investigadores querem agora fazer estudos de maior escala focados apenas nos dados recolhidos pelos smartphones e com uma amostra mais diversificada.

“Isto é particularmente importante para garantir a equidade na saúde, uma vez que as populações com maior risco de saúde geralmente são as que têm menos recursos – portanto, as pessoas mais propensas a ter telefones baratos em vez de dispositivos como pulseiras são as que mais beneficiam de ter esta informação acessível”, concluíram os investigadores.

Resta-nos esperar que, no meio de notificações de mensagens, da bateria fraca ou de avisos meteorológicos, não venhamos a receber uma notificação a informar-nos que a morte já nos está a bater à porta.

Adriana Peixoto, ZAP //

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