O que mais marcou o campeonato nacional? (Responder Gyökeres não vale)

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José Sena Goulão / Lusa

Na 90.ª edição do campeonato nacional de futebol, as questões “O que mais marcou?” e “Quem mais marcou?” confundem-se… e há um culpado.

Viktor Gyökeres é o nome.

O avançado sueco foi não só o jogador que marcou mais golos campeonato, como também foi o jogador mais marcante.

Melhor marcador e melhor jogador: Gyökeres, com 29 golos apontados, foi, sem dúvidas, o jogador mais decisivo do 20.º do Sporting, e o principal protagonista da Liga Portugal Betclic 2023/24.

Mas, respondendo à pergunta “O que mais marcou o campeonato?” houve outros protagonistas – jogadores, treinadores e clubes – que vale a pena referir.

Desde logo e não saindo do campeão, destaque evidente para Rúben Amorim. O “[antigo] benfiquista” voltou, pelo segundo ano, a levar o Sporting à conquista do campeonato e, como diz o próprio, “quem diria…”.

No ano passado, a máquina de Amorim fracassou – 0 títulos e o Sporting ficou em quarto lugar no campeonato.

O treinador de 39 anos tinha obrigatoriamente que dar a volta, sob pena de sair do clube, e conseguiu: reinventou o projeto, contratou quem tinha de contratar – nomeadamente Viktor Gyökeres e Morten Hjulmand – e o Sporting voltou a jogar o melhor futebol.

Os leões foram campeões a três jornadas do fim, tendo terminado o campeonato com 90 pontos (recorde interno), 96 golos marcados, e com um nunca antes visto pleno de vitórias em Alvalade: 17/17.

Por falar em recordes verde-e-brancos…

O Rio Ave também se destacou – principalmente na segunda volta, onde a turma liderada por Luís Freire só perdeu com o Famalicão.

Os vilacondenses “roubaram” pontos a Sporting, Benfica e FC Porto, com três empates, o que contribuiu para estabelecer o novo recorde de empates numa só época: 19!

Falou-se em “empatar”?

Nenhum guarda-redes empatou tanto os avançados como Diogo Costa.

O guarda-redes da seleção nacional não sofreu golos em 14 jogos.

Com a ajuda de Diogo Costa fica mais fácil: o FC Porto foi a melhor defesa do campeonato (27 golos sofridos).

E para o Benfica o que resta?

De acordo com a Liga Portugal, os encarnados tiveram a melhor média no que concerne ao tempo útil por jogo, com 58:08 minutos.

O campeão Sporting ficou em 6.º lugar nessa tabela, com 56:08 minutos.

Por seu turno, com 53:21 minutos, o FC Porto aparece em 16.º lugar.

Destaque ainda para Rafa – que se despede do Benfica, ao fim de oito anos no clube – e para Pedro Gonçalves que foram os líderes das assistências: 12.

Contas finais do campeonato

As contas do campeonato estão fechadas, mas as vagas para o próximo ano ainda não. O “desesperado” Portimonense vai lutar pela permanência, num play-off de despromoção/subida, frente ao “esperançoso” AVS da II Liga.

De resto, Chaves e Vizela foram relegados para o segundo escalão do futebol profissional.

Em sentido contrário, os insulares Santa Clara (campeão da II Liga) e Nacional voltam à primeira divisão.

Lank Vilaverdense e “Os Belenenses” foram recambiados (um ano depois da subida) da segunda para a terceira.

Alverca (campeão da Liga 3) e Felgueiras 1932 fazem o percurso inverso e estão de regresso ao futebol profissional.

Falta ainda apurar no play-off de despromoção/subida qual dos conterrâneos – Feirense ou Lusitânia de Lourosa – vai ocupar a vaga disponível na próxima edição da Liga Portugal SABSEG .

Miguel Esteves, ZAP //

1 Comment

  1. O que marcou mais, foi a “padralhada” que roubou como se nuão houvesse amanhã!
    Saber que o Paulo Gonçalvesnada tem a ver com o estado lampião e que o boaventura ainda menos…
    Se o meteorito fosse o Pai – mais velho, grande, forte e “robusto” – e tivesse acabdo com a podridão do pais não se tinha perdido nada….

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