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Nüwa. Arquitetos projetam uma cidade sustentável dentro de uma montanha de Marte

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A empresa de arquitetura ABIBOO acaba de lançar planos para uma – e talvez a primeira – cidade humana em Marte. Nüwa, como é chamada, teria 250 mil habitantes e seria construída ao lado de um gigantesco penhasco marciano.

Segundo o design, a cidade vertical terá casas, escritórios e espaços verdes e seria construída na encosta de um penhasco, localizado em Tempe Mensa, para proteger os habitantes da pressão atmosférica e radiação.

Nüwa terá uma população de 250 mil habitantes. Segundo um comunicado da empresa, seu nome tem as suas raízes na deusa mitológica chinesa que é a protetora dos Humanos, que derreteu cinco pedras para dar pilares sociais robustos.

Além de Nüwa, haveria outras quatro cidades para melhorar a resiliência, o acesso fácil a longo prazo aos recursos e para adicionar opções de mobilidade aos cidadãos de Marte. Por exemplo, a cidade de Abalos estaria localizada no Pólo Norte para alavancar o acesso ao gelo e a cidade de Marineris no desfiladeiro mais extenso do Sistema Solar.

As principais atividades seriam realizadas no interior da falésia, nos denominados “Macroedifícios”, escavações no interior da rocha da falésia. Essas construções, implantadas após a escavação dos túneis, seriam modulares e incluiriam atividades residenciais e de trabalho, interligadas por uma rede tridimensional de túneis.

O cultivo agrícola seria a principal fonte de produção de alimentos, fornecendo 50% da dieta humana, ao mesmo tempo em que transformaria dióxido de carbono em oxigénio e participaria no sistema de processamento de água.

As microalgas seriam o principal componente da dieta humana. Animais como porcos, galinhas ou peixes também seriam incluídos, mas representariam apenas uma pequena parte da alimentação.

“Tivemos de fazer muitas análises baseadas na computação e trabalhar com os cientistas para tentar entender quais são as circunstâncias que enfrentaremos”, disse Alfredo Muñoz, fundador do estúdio de arquitetura ABIBOO, em declarações à Euronews. “Temos de enfrentar desafios que são muito específico para as condições de Marte, um deles é a gravidade, que é apenas um terço da gravidade da Terra”.

Por outro lado, o dióxido de carbono e água podem ser obtidos na superfície. “A água é uma das grandes vantagens que Marte oferece, pois ajuda a conseguir os materiais adequados para a construção. Basicamente, com a água e o dióxido de carbono, podemos gerar carbono e, com o carbono, podemos gerar aço,” disse.

A empresa de arquitetura planeia usar exclusivamente materiais marcianos para a construção da cidade.

De acordo com a análise da empresa, a construção pode começar em 2054 e pode ficar concluída até 2100 – ou seja, quando a primeira comunidade humana puder começar a morar lá.

“Achamos que é exequível do ponto de vista técnico. [O que demora tempo] é mais sobre como garantir que haja vontade e associações suficientes na comunidade internacional. Isto tem de ser algo que venha de um setor privado, setor público, locais diferentes, culturas diferentes, a fim de garantir que haja diversidade”, rematou.

O projeto da cidade de Marte é parte de um trabalho científico organizado pela The Mars Society e desenvolvido pela rede SONet, uma equipa internacional de cientistas e académicos. O ABIBOO criou os projetos com base nos estudos científicos mais recentes.

Maria Campos, ZAP //

 

7 Comments

    • Concordo consigo, façam-nas cá na Terra sustentáveis e deixem-se destas tretas, ainda não acabaram de estragar a Terra já querem fazer o mesmo em Marte.

      • Consumimos o hospedeiro para passar ao próximo e fazer o mesmo. Não passamos de um covid versão macaco. Tudo pela ânsia da prole…

    • … Total Recall… que filmaço! (o primeiro claro)
      No entanto discordo das vossas opiniões, concordo com o problema, é real, mas a resposta é errada.
      A culpa não é da exploração mas da ganância, a exploração é fantástica e nobre, quando bem realizada, o aproveitamento posterior é que quase sempre é muito mau.
      A única coisa que lamento é que já não estarei por cá quando for possível visitar Venusville….

  1. Vai ser o paraíso final da humanidade uma vez que esta está muito empenhada em destruir por cá tudo à sua volta logo a começar pelo desenfreado crescimento humano.

  2. … Total Recall… que filmaço! (o primeiro claro)
    No entanto discordo das vossas opiniões, concordo com o problema, é real, mas a resposta é errada.
    A culpa não é da exploração mas da ganância, a exploração é fantástica e nobre, quando bem realizada, o aproveitamento posterior é que quase sempre é muito mau.
    A única coisa que lamento é que já não estarei por cá quando for possível visitar Venusville….

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