Quase mil milhões de eleitores, 2660 partidos, seis semanas de idas às urnas. O resultado? Coligação de 15 forças políticas. Europeias tiveram 373 milhões eleitores — são as segundas maiores eleições, atrás da maior nação do mundo.
Pela primeira vez sem o Reino Unido nas contas, as eleições europeias arrancaram na quinta-feira e terminam este domingo (as urnas fecharam em Portugal continental e na Madeira às 19h00 e esperam-se agora os resultados).
Cerca de 373 milhões de eleitores puderam exercer o seu direito de voto em 27 Estados-membros, para escolher os 720 deputados que vão sentar no Parlamento Europeu.
São números impressionantes, mas não são os maiores. Praticamente ao mesmo tempo, a maior nação do mundo foi às urnas com 970 milhões de eleitores, num processo que durou seis semanas e decorreu em sete fases.
650 milhões votaram na Índia
As eleições gerais na Índia tiveram este domingo o seu ponto final oficial, com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, a tomar posse para um terceiro mandato, após resultados eleitorais abaixo do esperado que o levam a governar em coligação pela primeira vez.
Desta vez, os 240 lugares que o partido do líder de 73 anos, Bharatiya Janata Party (BJP), obteve nas eleições foram insuficientes para alcançar a maioria de 272 necessária entre 543 assentos, o que levou a uma coligação, a Aliança Democrática Nacional, liderada pelo BJP.
Em conjunto, as 15 formações políticas que integram a coligação têm 293 lugares, a maioria absoluta dos 543 da câmara baixa do parlamento, mas em troca do apoio, os partidos exigiram ocupar pastas importantes no Governo.
Dos largos 970 milhões que podiam votar, 650 milhões fizeram-no (cerca de 67%), resultados em linha com a abstenção de 33% registada em 2019.
De volta a Portugal, este domingo, pelas 17h30, a afluência às urnas era de 32,73%, de acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) em mais de 10 milhões de eleitores chamados a votar.
UE espera continuar a colaborar com Índia
A União Europeia (UE) felicitou Narenda Modi pela sua reeleição como primeiro-ministro da Índia, afirmando aguardar “com expectativa” a continuação da parceria entre as duas maiores democracias do mundo.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, felicitou “o povo da Índia” e Modi após as eleições indianas, em que o BJP, partido do primeiro-ministro, foi o partido mais votado, permitindo a sua reeleição para um terceiro mandato à frente do Governo.
“À medida que a UE avança para as suas próprias eleições, celebramos a voz do povo nas nossas democracias, as duas maiores do mundo”, destacou Von der Leyen, numa mensagem na rede social X.
“Aguardo com expectativa a continuação de uma parceria frutuosa entre a UE e a Índia”, acrescentou.
Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, congratulou Modi pelos resultados na “maior eleição do mundo”.
“A UE aguarda com expectativa a oportunidade de continuar a aprofundar a sua parceria estratégica com a Índia”, disse, defendendo a necessidade de cooperação “nos desafios globais mais prementes: as alterações climáticas, a paz e a segurança e a luta contra a pobreza”.
ZAP // Lusa