Nova “incrível bateria” da NASA pode carregar carros elétricos em 5 minutos

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Cientistas da NASA acabaram de anunciar uma “incrível bateria” que “excedeu todas as expectativas iniciais” e que poderá permitir carregar veículo elétricos em apenas cinco minutos.

Em comunicado, a agência espacial norte-americana explica que esta nova tecnologia é muito mais leve, segura, potente e eficiente do que as atuais baterias de lítio. A bateria oferece 500 watts-hora por quilo, o dobro das melhores baterias de carros atuais. Possivelmente, pode até triplicar esse valor.

A tecnologia da NASA foi desenvolvida para uso na Estação Espacial Internacional, mas segundo os investigadores também pode ser usada para carregar veículos elétricos.

A complexa técnica de arrefecimento foi desenvolvida para ajudar certos sistemas elétricos a manter temperaturas adequadas no Espaço, explica a Business Insider.

Esta é uma excelente notícia para os portugueses, já que o Governo decidiu prolongar o programa de incentivos para a compra de veículos sem emissões.

No entanto, o potencial desta tecnologia vai muito além da nossa realidade. O El Confidencial escreve até que pode tornar possíveis as companhias aéreas elétricas.

Recentemente, cada fez mais startups estão a explorar a ideia de aviões elétricos, numa tentativa de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa da indústria da aviação — que representam 3% das emissões mundiais.

O problema é que, atualmente, as aeronaves elétricas apenas conseguem transportar uma dúzia de passageiros por apenas cerca de 50 quilómetros, de acordo com uma análise recente.

A limitação é a bateria, principalmente a quantidade de energia que pode ser armazenada num pequeno espaço, resume o MIT Technology Review.

Rocco Viggiano, engenheiro do Glenn Research Center da NASA e líder da investigação, explica que o projeto está a alcançar “uma nova fronteira na pesquisa de baterias que será capaz de fazer muito mais do que as baterias de iões de lítio”.

“As possibilidades são bastante incríveis”, antevê o engenheiro da NASA.

Viggiano garante que “o seu design não só elimina entre 30 e 40% do peso da bateria, como também duplica ou até triplica a energia que pode armazenar, superando em muito as capacidades das baterias de iões de lítio mais avançadas do mercado”.

Atualmente, um carro elétrico pode demorar entre menos de 20 minutos — em algumas estações públicas de carregamento rápido — a até horas ou dias — usando carregadores domésticos. A nova tecnologia da NASA poderá reduzir drasticamente o tempo de espera, limitando-o a apenas cinco minutos.

A combinação de características da nova bateria, diz a NASA, permitirá que seja usada ​​em aeronaves elétricas de média distância, algo que era impossível até agora.

Segundo a agência espacial, a bateria supera todos os requisitos mínimos de densidade de energia, potência, tamanho, escalabilidade e segurança necessários para aplicações aeronáuticas.

Daniel Costa, ZAP //

13 Comments

  1. Todos os dias aparecem milagres destes que depois nunca se concretizam. Eu falo do que acompanho há mais de uma década. Chega a ser revoltante.

  2. Certo que a maioria destas notícias são sessionalistas, e é certo que apenas deviam ser notícia o que realmente chega ao mercado. Ainda assim é clara a revolução das baterias e do motor elétrico, vejam o que aconteceu com os telemóveis, de um momento para outro a evolução foi muito rápida, bastou haver muita concorrência, inclusive grandes marcas desapareceram e outras tomaram o seu lugar, portanto as melhores soluções vêm para ficar.

    • E há 10 anos atrás a autonomia dos veículos elétricos pouco passava dos 100km e hoje já os temos, regra geral, a ultrapassar largamente os 300km.

      • Isso até pode ser válido à saída do stand. Deixe passar dois ou três anos e depois volte cá.

      • Quando isso se verifica a garantia das baterias obriga o fabricante a substituir, obviamente escolher uma marca que dá boa garantia é melhor aposta que outras opções!

  3. Pergunto-me o que é que a densidade energética da nova bateria, 0.5 kWh/kg tem a ver com a velocidade de carregamento da mesma, a qual dependerá da capacidade total da bateria e da potência de carregamento. Será que o autor do artigo sabe do que está a falar?

    • Caro leitor,
      O artigo não refere em nenhum momento que a densidade de energia tem a ver com a velocidade de carregamento da bateria.
      O artigo termina com a nota de que “segundo a agência espacial, a bateria supera todos os requisitos mínimos de densidade de energia, potência, tamanho, escalabilidade e segurança necessários para aplicações aeronáuticas.”

  4. nos ultimos anos não faltaram noticias sobre novas bateriais e novos sistemas que iriam revolucionar o mercado mas depois não se vê nada a chegar efetivamente ao mercado. Será mais um caso
    E de que vale andarmos a promover a eletricidade como energia limpa quando começamos a ver alguns paises a impor restrições ao consumo de eletricidade? ou como em portugal corremos o risco de perder grande parte dos recursos hidricos existentes para a produção de eletricidade? ou continuamos a usar como fonte primária os combustiveis fosseis para produzir eletricidade?

    à tempos deu um documentário muito interessante sobre alguns paises nórdicos que estando na vanguarda da mobilidade eletrica também estavam na vanguarda da “transferência da poluição” para paises terceiros, isto é, por exemplo, dizem que muita da mobilidade já é eletrica mas depois compram a eletricidade a paises terceiros que produzem essa eletricidade recorrendo a fontes fosseis e não fontes renovaveis…
    Não basta parecer é preciso ser…

    • Olha só para a tua fatura da luz e já vais ver se mesmo assim a “eletricidade” é “limpa”, mais de metade vem de combustíveis fósseis.
      Mas andamos tão cegos, que carros a combustão poluem, os novos nissan, por exemplo são elétricos, mas com um motor a combustão que polui igual, mas como o que o faz andar é o motor elétrico é um carro “verde”, já o gerador que leva, correspondente te a qualquer outro carro a combustão …. não importa.

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