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Descoberta nova espécie de tartaruga que viveu no final do Cretáceo

(dr) Andrey Atuchin / Joyce et al., Royal Society Open Science 2021

Ilustração da tartaruga Sahonachelys mailakavava

Em 2015, paleontólogos descobriram em Madagáscar um fóssil excecionalmente bem preservado, que agora se confirma ser de uma nova espécie de tartaruga, que remonta ao final do Cretáceo.

A antiga tartaruga era uma espécie de água doce endémica de Madagáscar e tinha uma concha com um comprimento de cerca de 25 centímetros, conta o site Live Science. O crânio achatado e o formato da boca indicam que seria uma grande sugadora na hora das refeições e que teria até uma certa aparência de anfíbio.

“[A alimentação por sucção] é um modo especializado de alimentação subaquática, no qual o animal abre a boca rapidamente e expande a garganta para quase inalar um grande volume de água, incluindo as presas desejadas”, como plâncton, girinos e larvas de peixes, explicou Walter Joyce, paleontólogo da Universidade de Fribourg e autor principal do estudo publicado, a 5 de maio, na revista científica Royal Society Open Science.

Os cientistas não sabem dizer com certeza quando surgiu exatamente esta espécie, nem quando ou por que motivo foi extinta, mas consideram que “provavelmente sobreviveu ao grande evento de extinção que matou os dinossauros”, no final do Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos, disse Joyce.

A tartaruga pertencia à família Pelomedusoidea, que inclui espécies que ainda hoje existem, como as tartarugas de rio da América do Sul e de Madagáscar. “Embora o grupo não seja particularmente diverso atualmente, os seus registos fósseis mostram que quase dominou todas as massas de terra no passado”, declarou o investigador.

A equipa responsável pela descoberta do fóssil, em 2015, decidiu chamá-la de Sahonachelys mailakavava, que significa algo como “tartaruga anfíbio de boca rápida” em malgaxe, a língua falada pelos indígenas de Madagáscar.

ZAP //

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