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Nova espécie de dinossauro encontrada no México. Era “pacífico”, mas “muito comunicativo”

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Luis V. Rey / Cretaceous Research

Tlatolophus galorum

Uma nova espécie de dinossauro, identificada por paleontólogos mexicanos, foi considerada “muito comunicativa”. Os animais usavam sons de baixa frequência, tal como os elefantes, para falarem uns com os outros.

Os especialistas acreditam que a espécie, que foi denominada de Tlatolophus galorum, tenha morrido há cerca de 72 milhões de anos no atual estado de Coahuila, no norte do México.

Após descobrirem a cauda, os paleontologistas referiram que mais tarde encontraram a maior parte o seu crânio: uma crista oca óssea de 1,32 metros através da qual o dinossauro comunicava. Encontraram ainda alguns ossos, tal como o seu fémur e ombro.

“Estamos a calcular o tamanho, que pode ter entre oito e 12 metros de comprimento, porque só a cauda tem cerca de seis metros”, afirmou o paleobiólogo Angel Alejandro Ramirez.

Segundo o investigador, a equipa acredita que “estes dinossauros eram muito comunicativos. Até produziram e chegaram a compreender sons de baixa frequência como os feitos por elefantes, que viajam vários quilómetros e são impercetíveis para os humanos”, acrescentou.

Estes dinossauros, que se caraterizavam por serem “pacíficos, mas falantes”, também tinham a capacidade de emitir sons altos para assustar os predadores, disse o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH), quando anunciou a descoberta.

De acordo com os investigadores mexicanos, a crista do Tlatolophus galorum poderia ter sido vermelha. “Acreditamos que estes dinossauros, tal como os pássaros modernos, viam a cores e, portanto, essas estruturas, como a crista, eram possivelmente coloridas. Podiam ser completamente vermelhas, ou multicoloridas, com manchas”, sublinhou Ramirez.

A descoberta ainda está a ser analisada, mas várias pesquisas sobre o réptil antigo já foram publicadas na revista científica Cretaceous Research, de acordo com o INAH.

É um caso excecional na paleontologia mexicana”, pode ler-se no documento ao qual o Phys teve acesso, que refere ainda que “acontecimentos altamente favoráveis ​​tiveram que ocorrer há milhões de anos, para que os fósseis se conservassem nas condições em que se encontravam”.

O nome Tlatolophus é derivado de tlahtolli – que significa “palavra” na língua nativa Nahuatl – e lophus – que significa “crista” em grego -, clarificaram os especialistas.

O estudo foi publicado na revista Science Direct a 11 de maio.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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