Para além das mostras de alegria, também as cerimónias fúnebres de cidadãos falecidos durante este período devem ser adiadas.
Numa altura em que se assinala o 11.º aniversário da morte de Kim Jong-il – falecido a 17 de dezembro de 2011 –, antigo líder da Coreia do Norte e pai de Kim Jong Um, o país vai entrar num período de luto no qual os seus habitantes estão expressamente proibidos de beber álcool, rir ou participar em atividades de lazer. As proibições foram descritas por um residente à Radio Free Asia.
Para além destas medidas, o norte-coreano fez saber que caso um familiar morra durante o período de luto do antigo líder não será permitido chorar em público e o corpo da pessoa falecida só pode ser retirado após o fim das homenagens. “As pessoas não podem sequer celebrar os seus próprios aniversários se calharem nos dias de luto”, acrescentou.
Tal como seria de esperar, há represálias imediatas e gravosas para quem não cumprir com as regras estabelecidas – em linha com o que já aconteceu nos últimos anos. De acordo com os relatos, houve cidadãos “presos e tratados como criminosos ideológicos. Foram levados e nunca mais voltaram”, cita a Visão. Outro cidadão acrescentou que as autoridades presentes nas ruas receberam ordens para reprimirem quem não obedeça às regras.
Na última sexta-feira, Pyongyang foi palco de um momento de silêncio de três minutos em homenagem a Kim Jong Il, o qual foi acompanhado por bandeiras a meia haste pelos cidadãos a curvarem a cabeça perante o alerta de uma sirene que soou na capital. Segundo a agência Reuters, Kim Jong Un também terá estado presente numa cerimónia fora do palácio de Kumsusan, onde permanecem, embalsamados, os restos mortais do seu pai e do seu avô.
Eis então as marcas dum totalitarismo puro no profundo sentido do termo. Culto de personalidade ao seu mais alto nível. Essas práticas serão sempre anormais na óptica do homem democrático. Por isso, a leitura das mesmas deve ter em atenção o lado em que estamos. Para o homem democrático isto pode parecer, inevitavelmente, um atentado aos direitos e liberdades humanas. Entretanto, cada povo tem a sua própria forma de vida política e social e, infelizmente, para regimes não democráticos do tipo totalitário como é o caso norte-coreano, em que a arbitrariedade aparece em substituição da lei, isto é o normal que pode acontecer. Sinto muito!
É o que acontece aos Portugueses se qualquer Passos ou semelhante ganhar ou ficar bem posicionado nas eleições de Janeiro de 2022.
Isto pode ser altamente inspirador para António Costa e os acólitos do pudor sanitário.