O ministro das Infraestruturas participou na cerimónia de consignação da empreitada de Modernização do troço da Linha do Oeste entre Torres Vedras e Caldas da Rainha. Obra custa 38,4 milhões de euros.
Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, garantiu que chegaram ao fim décadas de desinvestimento na Linha do Oeste e que, com a modernização prevista até ao Louriçal, “já ninguém para o comboio”.
“É, de facto, difícil de compreender como foram tantas as décadas em que nós deixamos de investir na ferrovia, encerrámos linhas e nos focámos quase exclusivamente na rodovia”, afirmou Pedro Nuno Santos.
O ministro das Infraestruturas realçou ainda, na cerimónia de consignação da empreitada de Modernização do troço da Linha do Oeste entre Torres Vedras e Caldas da Rainha que a via férrea “já não está ao abandono e ao esquecimento“.
A consignação marcou o início da obra de 38,4 milhões de euros para modernizar um troço de 44 quilómetros da via férrea, entre Torres Vedras e Caldas da Rainha.
O investimento, segundo Pedro Nuno Santos, porá fim aos atrasos na linha que “não são de meses, nem de anos, são de décadas”.
Colocará ainda em marcha a modernização que o Governo garante que avançará “até ao Louriçal no próximo ciclo de investimento na rede ferroviária”.
Depois de o primeiro ciclo de investimento se ter “concentrado mais no transporte de mercadorias e na eletrificação da rede”, o próximo ciclo Ferrovia 2030 “está focado mais no passageiro”, garantiu o ministro.
A região do Oeste e o distrito de Leiria em particular vão beneficiar “de um dos maiores investimentos ferroviários que o país já alguma vez já conheceu”, garantiu Pedro Nuno Santos, assegurando que “já ninguém para o comboio“.
A empreitada engloba a renovação e retificação do traçado, bem como a reabilitação de cinco estações (Torres Vedras, Ramalhal, Outeiro, Bombarral e Caldas da Rainha), quatro apeadeiros (Paúl, São Mamede, Dagorda e Óbidos), a supressão de quatro passagens de nível e a automatização das restantes.
O projeto contempla ainda a construção de quatro passagens desniveladas nos concelhos de Torres Vedras (Ramalhal, Campelos e Outeiro da Cabeça) e Óbidos (Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa).
Inclui também a instalação de sinalização eletrónica, “que garante o reforço das condições de segurança e circulação ferroviária”, afirmou o responsável.
A obra tem uma duração prevista de 22 meses, e estará em condições de “aumentar a oferta das atuais 16 circulações para 48, 24 em cada sentido”, afirmou o ministro.
Pedro Nuno Santos acrescenta que o investimento contribuirá para “a criação de algumas centenas de postos de trabalho” durante a obra e, quando estiver concluída, possibilitará a “redução de 25 toneladas de CO2 nos primeiros 25 anos do projeto”.