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Nike vai dar uma semana de férias aos funcionários para cuidarem da saúde mental

SXC

Gigante norte-americana de equipamento desportivo quer evitar que os trabalhadores entrem numa situação de burnout devido à carga horária excessiva e ao esbatimento das linhas que separam o tempo de descanso e de trabalho.

Numa mensagem publicada na página oficial da marca no Linkedin, a Nike anunciou que será dada aos funcionários uma semana de férias para cuidarem da sua saúde mental, de forma a recuperarem do stress provocado pela pandemia da covid-19.

A gigante norte americana afirmou que todos os seus trabalhadores da sede de Oregon iriam “desligar” até sábado, com os responsáveis a incentivar os funcionários a ignorar todas as responsabilidades ligadas ao trabalho para priorizarem o seu bem-estar mental.

“Aproveitem o tempo para descontrair, descomprimir e usufruírem da companhia das pessoas que mais gostam. Não trabalhem“, escreveu Matt Marrazo, responsável do departamento de marketing da Nike a nível global no Linkedin. “Num ano (ou dois) como nenhum outro, tirar tempo para descansar e recuperar é essencial para ter um bom desempenho e manter a sanidade.”

De acordo com o The Guardian, o responsável admitiu ainda na mensagem que o último ano tem sido “difícil”, acrescentando que os trabalhadores deveriam reconhecer que “são todos humanos” a passarem por um evento traumático. Marrazo reconheceu que a medida pode ser interpretada como “boa publicidade”, mas sublinhou que o que está verdadeiramente em causa é “a coisa certa a fazer”.

“Não se trata apenas de ‘uma semana de férias’ para a equipa… trata-se de reconhecer  que podemos priorizar a saúde mental e mesmo assim fazer o trabalho que temos de fazer”, afirmou o responsável.

A iniciativa da Nike não é inédita, já que muitas empresas optaram, nos últimos meses, face à crescente onda de consciencialização em torno da saúde mental, por disponibilizar aos seus colaboradores mais tempo fora do trabalho, de forma a evitar situações de burnout provocadas pelo excesso de trabalho, muitas vezes em contexto doméstico, e o fim da linha que separa o trabalho do lazer — que em contexto pandémico tem sido cada vez mais ténue.

Recentemente, também a Buble, uma aplicação que promove encontros amorosos, disponibilizou aos seus 700 trabalhadores uma licença de férias extra para que estes pudessem abstrair-se do trabalho.

Pouco tempo antes, também o banco de investimento Citigroup proibiu as vídeo-conferências às sextas-feiras para ajudar os funcionários a afastarem-se do ritmo frenético de trabalho que a pandemia veio introduzir em março de 2020. O banco também designou o dia 28 de Maio como feriado dentro da empresa, ao qual chamaram “Citi reset day”, com os superiores a encorajarem os funcionários a tirar mais dias de folga.

ZAP //

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