Neurocirurgião de Coimbra suspeito de negligência médica

Um neurocirurgião do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) está a ser investigado por suspeitas de negligência médica após ter realizado práticas consideradas desadequadas que causaram a morte de vários pacientes.

De acordo com o Diário de Notícias, o médico de 62 anos é o chefe da equipa especializada em tumores cerebrais e dos cerca de dez anestesistas. Destes, só três dos mais antigos do serviço continuam a mostrar-se disponíveis para apoiar as suas cirurgias.

Em causa poderão estar crimes de homicídio por negligência. Em janeiro, houve duas: um paciente tinha 29 anos e o outro 40.

A queixa dirigida à procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago, e ao diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, foi apresentada por profissionais do hospital e outros médicos que o acompanham.

As alegadas más práticas têm sido alvo de queixas expostas por escrito e entregues aos quadros do hospital desde, pelo menos, 2018, segundo a denúncia que está a ser investigada. Porém, o conselho de administração do CHUC afirmou não ter conhecimento, “oficialmente, da existência da situação descrita”.

De acordo com o DN, os médicos e enfermeiros do serviço de neurocirurgia têm já um conjunto de fotografias e relatórios que comprovam as más práticas do médico, como “puxar o tumor agarrado ao tronco cerebral”, o que terá provocado a morte do paciente.

ZAP //

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