A fotografia de um homem negro detido por polícias a cavalo e a ser levado por uma corda no Texas, nos Estados Unidos, está a gerar indignação nas redes sociais.
A fotografia começou a circular nas redes sociais no fim-de-semana e rapidamente causou agitação. Na imagem, vê-se um homem negro, chamado Donald Neely, a ser detido por dois polícias a cavalo, P. Brosch e A. Smith, enquanto o puxam por uma corda.
De acordo com o Huffington Post, o Departamento da Polícia de Galveston, no Texas, já divulgou um pedido de desculpas, confirmando que o homem foi detido no sábado e que, como a unidade de transporte não estava disponível no momento da detenção, os dois polícias decidiram escoltá-lo desta maneira.
“Embora esta seja uma técnica treinada e uma boa prática em alguns cenários, acredito que os nossos agentes revelaram um mau julgamento neste caso e poderiam ter esperado por uma unidade de transporte no local da detenção. Os meus agentes não tiveram nenhuma má intenção no momento da detenção, mas mudámos imediatamente a política para evitar o uso desta técnica e vamos rever todos os treinos e procedimentos para métodos mais apropriados”, afirmou o chefe da polícia Vernon L. Hale, no comunicado divulgado no Facebook.
Na mesma nota, a polícia texana disse ainda que o detido não tinha uma corda presa às algemas, mas sim uma “linha”, e pediu desculpa “ao senhor Neely por este embaraço desnecessário”.
Várias pessoas expressaram a sua revolta nas redes sociais, tendo reprovado o comportamento dos polícias e considerando que foi uma atitude desumanizante e inaceitável. Um desses casos, segundo o jornal, foi Adrienne Bell, candidata democrata do Texas ao Congresso, que considerou que a fotografia invoca “raiva, desgosto e perguntas da comunidade”.
No Twitter, a democrata agradeceu a “rápida resposta” da polícia de Galveston e aplaudiu a decisão do responsável de querer descontinuar esta prática. “Para muitas pessoas na nossa comunidade, questões sobre transparência, policiamento comunitário e responsabilidades continuam por responder. Este diálogo entre a comunidade e as forças de segurança tem de continuar”, acrescentou.