Navios, aviões, Bielorrússia: a Rússia está a “mexer-se” na direcção da Ucrânia

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(dr) Ministério da Defesa da Rússia

Nesta quinta-feira arrancam exercícios militares conjuntos, entre Rússia e Bielorrússia. A operação, segundo Putin, acaba no último dia dos Jogos Olímpicos.

As manobras multiplicam-se, as movimentações sucedem-se. Embora as autoridades russas continuem a negar o cenário de invasão à Ucrânia, há acontecimentos que fazem os especialistas temer o início de uma guerra.

Nesta terça-feira o Ministério da Defesa russo informou que enviou para o Mar Negro seis navios de guerra, anfíbios.

A justificação oficial: “Elaborar as acções da Marinha e das Forças Aeroespaciais para proteger os interesses nacionais russos no oceano, bem como combater as ameaças militares à Federação Russa provenientes de direcções marítimas e oceânicas”.

A possibilidade: maior poder militar russo, num eventual ataque a território ucraniano. E aproximação ao país vizinho – o Mar Negro fica a sul da Ucrânia, sendo rodeado ainda por Roménia, Bulgária, Turquia e Geórgia, além da própria Rússia.

Estes “exercícios militares” estão a envolver mais de 140 navios de guerra e navios de apoio, mais de 60 aeronaves, 1.000 unidades de equipamento militar não especificado e cerca de 10 mil soldados, de acordo com a mesma fonte oficial.

No mesmo dia, aviões-caça armados aterraram em Kaliningrado, cidade entre Polónia e Lituânia, junto ao Mar Báltico (a norte da Ucrânia).

Os aviões MiG-31 estão armados com mísseis balísticos e, de acordo com jornais estrangeiros, nunca tinham sido vistos em Kaliningrado. Estes aviões-caça têm a capacidade de atingir o alvo muito rapidamente, podendo utilizar ogivas nucleares.

E nesta quinta-feira vão arrancar exercícios militares que vão juntar homens da Rússia e da Bielorrússia.

Valeri Gerassimov, Comandante das Forças Armadas da Rússia, já está na Bielorrússia para observar e orientar os exercícios que vão contar com quase 30 mil soldados russos, além de sistemas de mísseis terra-ar e outros aviões-caça.

Não há versão oficial, mas Vladimir Putin, presidente da Rússia, terá dito a Emmanuel Macron, presidente de França, que os militares russos vão deixar a Bielorrússia 10 dias depois do início dos exercícios.

10 dias depois é sinónimo de 20 de Fevereiro: o último dia dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Há um receio geral de que a Rússia inicie um conflito com a Ucrânia logo a seguir aos Jogos Olímpicos. Putin não quer criar uma divergência com o “amigo” Xi Jinping, presidente da China – os Jogos decorrem em Pequim.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

3 Comments

  1. O RETORNO DOS QUE NÃO FORAM – Um grito ecoou numa Praça de Kiev : ” A UKRANIA VENCEU !!!!!”. Os russos desarmaram as tendas e os velhos tanques de guerra fizeram as manobras de retorno aos quartéis. Isto tudo para não dizer que eles botaram “os rabos entre as pernas e voltaram para casa”. Em resumo – bravatas e arrogâncias.. e só !!! É o que pensa joaolluizgondimaguiargondim – [email protected]

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