A NASA recolheu amostras de Marte que podem conter sinais de vida. Seja ou não esse o caso, só descobriremos pelo menos daqui a dez anos.
O rover Perseverance, da NASA, recolheu amostras do solo de Marte, que vão agora ser enviadas para a Terra para análise. A expectativa dos cientistas é que possam conter sinais de vida. Independentemente das chances, essa possibilidade é real. O único problema é que as amostras só chegam à Terra no mínimo daqui a dez anos.
Na quinta-feira passada, o Perseverance recolheu sedimentos da cratera Jezero, de Marte. Foi a sua primeira amostra coletada nesta nova campanha, sublinha o jornal britânico Daily Mail.
Depois da primeira campanha de procura na base do delta de Neretva Vallis, a NASA vai agora dar início à sua segunda campanha, no topo do delta.
“A mobilidade do Perseverance permitiu-nos recolher amostras ígneas do fundo relativamente plano da cratera durante a primeira campanha e depois viajar para a base do delta da cratera, onde encontramos rochas sedimentares de granulação fina depositadas num leito de lago seco”, explicou Ken Farley, cientistas que trabalha no rover.
Farley e a sua equipa estão confiantes de que as amostras permitirão “entender melhor” o que aconteceu na cratera de Jezero há mil milhões de anos.
Há um total de 19 amostras, que agora ficarão armazenadas até que sejam retiradas de Marte através de um módulo espacial. A nave utilizará um braço robótico para retirar as amostras do rover e colocá-las numa cápsula de contenção.
Por fim, serão trazido de volta à Terra em 2033, marcando a primeira vez que amostras serão trazidas de Marte.
E se o Perseverance não conseguir entregar as amostrar ao módulo? Sem preocupações; há um plano alternativo. O rover tem réplicas de 10 das 19 amostras recolhidas, que deixou num local na base do delta.
Na eventualidade de o módulo não conseguir recolher as amostras originais, dois Helicópteros de Recuperação de Amostras recolherão as réplicas.