A sonda interestelar Voyager 1 da NASA está finalmente a devolver dados de todos os seus quatro instrumentos científicos. Foi consertada a 15 mil milhões de quilómetros de distância.
Em novembro do ano passado, a sonda interestelar Voyager 1 descontrolou-se e começou a enviar sinais incompreensíveis, após um problema técnico com um dos computadores de bordo.
Num comunicado emitido na semana passada, a NASA informou que, sete meses após o incidente e após uma intervenção cuidadosa dos engenheiros, a sonda parece estar de novo operacional.
Mesmo a 15 mil milhões de quilómetros de distância, os engenheiros conseguiram consertar a Voyager – até ver, com sucesso.
A resolução do problema começou em abril, quando os engenheiros enviaram um comando ao subsistema de dados de voo da sonda – responsável por empacotar ordenadamente os dados científicos antes de a nave os transmitir à Terra. Esse arranjo permitiu a primeira comunicação compreensível em quatro meses.
Como detalha a Live Science, cada comando enviado da Terra demora cerca de 22,5 horas para alcançar a sonda – o mesmo tempo que é necessário para receber uma resposta, devido à vasta distância que a separa do nosso planeta.
Depois de localizar a falha num único chip de computador, a equipa concebeu uma solução alternativa para alterar o código do FDS remotamente e começar a restaurar o funcionamento dos instrumentos da nave.
Em maio, dois dos quatro instrumentos já tinham retomado o envio de dados úteis. Agora, com ajustes adicionais, a funcionalidade plena foi restaurada, permitindo que a Voyager 1 continue a sua missão de recolher informações sobre ondas de plasma, campos magnéticos e partículas no espaço interestelar.
Como refere a NASA no comunicado, a Voyager 1 está a mais de 24 mil milhões de quilómetros da Terra, tendo já passado ppor Júpiter e Saturno.
Lançada há quase 47 anos, a Voyager 1, juntamente com a sua sonda gémea, Voyager 2, são as naves espaciais mais antigas em operação pela NASA e os objetos humanos mais distantes no espaço.