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Não, ter plantas em casa não é prejudicial para a saúde

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Desde sempre que a ideia de que ter plantas em casa é prejudicial para a saúde está enraizada na mente de todos – crença, no entanto, comprovadamente errada.

A crença é baseada na ideia errada de que as plantas consomem oxigénio durante o dia e libertam dióxido de carbono durante a noite, levando ao nascimento do mito de que ter plantas em casa é prejudicial para a saúde pelo facto de nos “roubar” oxigénio.

Mas esta é uma crença que já foi desmistificada na década de 80 por Bill Wolverton, investigador que desenvolveu estudos para a NASA que viriam a revelar o papel inofensivo das plantas na saúde humana.

Na realidade, apesar de no processo de respiração normal as plantas consumirem uma pequena quantidade de oxigénio e libertarem CO2, estas quantidades são insignificantes   quando comparadas com a quantidade de oxigénio libertado e CO2 consumido no processo inverso: a fotossíntese, que a planta realiza durante o dia.

Chegou-se assim à conclusão que que a presença de plantas no espaço habitacional é até benéfica, na medida em que estas purificam e revitalizam o ar e eliminam até 87% das toxinas interiores em 24 horas.

Dando outro exemplo, se duas pessoas dormirem no mesmo quarto, produzem muito mais dióxido de carbono do que se esse mesmo quarto estiver repleto de plantas.

A questão é que a grande maioria das pessoas opta por comprar plantas artificiais, uma vez que não necessitam de cuidados domésticos ou regas constantes.

Mas sendo artificiais, estas “plantas” são provenientes da indústria petroquímica e transmissoras de componentes tóxicos, devendo, por isso, ser substituídas por plantas naturais, que trabalham como purificadoras ambientais, absorvendo substâncias químicas comuns em casa como amoníaco, acetona ou monóxido de carbono.

Estes compostos estão presentes em diversos materiais decorativos e de construção, nomeadamente nos produtos de limpeza doméstica, carpetes, tintas ou ambientadores. Se quiser ter plantas em casa, deve assegurar-se de que exista alguma diversidade, de forma a eliminar uma maior quantidade de toxinas presentes no ar.

Pode optar por espécie como a Espada-de-São-Jorge, que de noite liberta oxigénio e absorve dióxido de carbono; Planta-das-Fitas, que elimina substâncias como monóxido de carbono; Ráfia ou Palmeira-Dama, que aniquila químicos como o amoníaco, e Espatífilo, que elimina substâncias como acetona e benzeno.

É aconselhável colocar uma planta em cada 10 m2, especialmente em zonas como a sala, quarto e cozinha. Podem (e devem) também ser colocadas perto de lareiras, mas não em demasia, ou de fogões a gás, pois são zonas de constante libertação de toxinas.

Estas e outras dicas fazem parte do livro Uma Casa mais Saudável, uma Família mais Feliz, da editora A Esfera dos Livros, e da autoria de Marcelina Guimarães e Miguel Fernandes.

2 Comments

  1. A informação/traducao deveria ser mais precisa. Maioritariamente as plantas consomem/absorvem dióxido de carbono durante o dia. No entanto o sr. jornalista refere o oposto (oxigenio-este sim consumido durante a noite, quando as plantas não foto sintetizam).

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