O namoro de Taylor Swift está a aproximar pais e filhas nos EUA

A relação da cantora com o jogador de futebol americano Travis Kelce está a levar a que muitos pais passem mais tempo com as filhas a ver os jogos.

O namoro da estrela pop Taylor Swift com o jogador de futebol americano Travis Kelce, tight end dos Kansas City Chiefs, está a surtir efeitos em muitas famílias norte-americanas — mais concretamente, entre pais e filhas.

Foi em Julho que o casal começou a namorar, depois de Kelce ter lamentado publicamente não ter tido a oportunidade de dar o seu número de telefone à cantora durante a sua passagem por Kansas City na digressão Eras. Desde então, os dois já assumiram publicamente a relação, com Swift a tornar-se uma presença assídua nos estádios para apoiar o namorado em campo.

Já há anos que a NFL estava a tentar cativar uma maior audiência feminina com várias estratégias de marketing, mas parece que o segredo este tempo todo era juntar Taylor Swift a um jogador da liga.

O primeiro jogo de Travis Kelce que a cantora acompanhou no estádio teve 27 milhões de espectadores, o maior número para um jogo de domingo à noite desde o último Super Bowl.

Grande parte desta subida nas audiências deveu-se ao maior interesse das mulheres jovens — que são o público principal de Swift — com um aumento de 53% no número de raparigas entre os 12 e 17 anos, de 24% nas mulheres entre 18 e 24 anos e de 34% nas mulheres acima dos 35 anos.

Kelce também beneficiou de um grande impulso à boleia do estrelato da namorada, com o jogador a ganhar mais de dois milhões de seguidores no Instagram e com as vendas da sua camisola a dispararem 400%, relata a Forbes.

Até o CEO dos Kansas City Chiefs, Clark Hunt, notou um aumento no interesse deste novo frupo demográfico. “A nossa audiência feminina cresceu exponencialmente”, afirmou à CNBC.

O furor mediático em torno do novo casal e este choque de mundos tão diferentes até inspirou um desafio no TikTok, com muitas fãs da cantora a pregarem partidas aos namorados e maridos e dizerem que foi Swift quem tornou Kelce famoso — sendo prontamente recebidas com indignação pelos adeptos da NFL.

Se há adeptos de futebol americano que não estão a gostar da nova onda de mulheres e raparigas interessadas no desporto — tendo Swift inclusivamente já sido apupada em alguns jogos — há outros que estão a acolher esta mudança de braços abertos.

Há agora vários homens que afirmam que se estão a aproximar mais das namoradas, esposas e filhas e a ensinar-lhes sobre futebol, dado terem agora um interesse em comum.

Keith Stoeckeler, um pai de Connecticut, afirma ao Today que a sua filha Emme, de 7 anos, se tornou fã de futebol americano graças a Swift. “Para mim, foi como o Super Bowl, que seria a única outra ocasião em que alguém quereria sentar-se para ver futebol comigo”, revela.

Para Stoeckeler, esta nova proximidade tem sido vantajosa tanto para ele quanto para a sua filha. “Isto permite-nos passar mais tempo juntos e fazer coisas de que ambos gostamos individualmente”, comentou.

Peter Dustin, adepto dos San Francisco 49ers e pai solteiro de duas meninas, geralmente assistia aos jogos sozinho. Mas um dia, viu a filha Dakota a ver resumos dos jogos dos 49ers.

“Eu estava tipo, ‘anda cá e dá-me um abraço‘. O que espero é que, com a nossa conexão através de swifties, Kelce e futebol, ela não fique envergonhada ou desconfortável de falar comigo sobre qualquer coisa”, afirma ao Washington Post.

No TikTok, o utilizador curmudge_john2.0 também deixou um “conselho a todos os pais, especialmente pais de meninas”. “Devem abraçar esta coisa toda do Travis Kelce e da Taylor Swift. Parem de ser idiotas sobre isto e dizerem que ela é uma distração. Vai ser bom para a relação com as vossas filhas”, refere.

@curmudge_john2.0 #greenscreen ♬ original sound – John R (Taylor’s Version)

 

“Na segunda-feira fomos a um jogo dos play-offs em temperaturas com um único dígito, sentados num monte de neve com os dedos dos pés vermelhos quando fomos embora. Mas diverti-me imenso com a minha filha adolescente num jogo de futebol. Acham que isso aconteceria sem a Taylor Swift?”, remata.

Adriana Peixoto, ZAP //

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