Países nas Caraíbas atribuem a nacionalidade caso alguém faça um investimento de 150 mil dólares, o que abre a porta a que estes cidadãos possam viajar sem visto dentro do espaço Schengen.
Há países insulares no Pacífico onde é apenas preciso fazer-se um investimento de 150 mil dólares para se ter direito à cidadania, como no caso de Saint Kitts, Domínica, Antígua e Barbuda, Vanuatu e Granada.
Mas os benefícios da cidadania não se limitam a estes países, já que dão a possibilidade aos beneficiários de viajarem para 157 países sem precisarem de visto, incluindo os países do espaço Schengen ou o Reino Unido.
De acordo com o Expresso, este sistema de “nacionalidade de conveniência” permite que se consiga obter um visto gold em Portugal e já foram atribuídos 35 desde 2012 a cidadãos de Saint Kitts, segundo dados do SEF que o semanário consultou. Há ainda casos de cidadãos de todas as outras ilhas citadas que receberam vistos gold.
Os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras não revelam a nacionalidade original dos beneficiários. O Expresso afirma ainda que foram atribuídas 105 autorizações de residência para investimento (ARI) a cidadãos russos que mantiveram a nacionalidade de antigos países da União Soviética, como a Ucrânia, o Azerbaijão, o Cazaquistão, a Bielorrússia e o Quirguistão.
Desde o seu lançamento em 2012, o programa de vistos gold levou à atribuição de 10 442 atribuições de residência para investimento, sendo os russos a quinta nacionalidade que mais beneficiou deste sistema, nota o jornal.
Os russos não foram os únicos a conseguir vistos gold depois de obterem a nacionalidade de um país insular no Pacífico, havendo ainda casos de cidadãos oriundos da Índia, da Síria ou do Irão.
As sanções europeias impostas à Rússia obrigam agora os 27 estados-membros a deixar de atribuir cidadania ou autorizações de residência a russos em regimes semelhantes aos vistos gold, em que a atribuição é feita com base nos investimentos.
O Parlamento europeu aprovou ainda uma reavaliação em retrospetiva dos pedidos aprovados nos últimos tempos, para que nenhum russo que seja próximo de Putin continue a beneficiar destes regimes.
Um erro ortográfico, no título da notícia, é muito mais visível. “Recebessem” em vez de “recebecem”! É o imperfeito do conjuntivo cuja característica é sempre os dois “esses”.
Cara leitora,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.