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“Por mais dinheiro, tempo e respeito”, mulheres fazem greve na Suíça

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Jean-Christophe Bott / EPA

Mulheres por toda a Suíça iniciaram, esta sexta-feira, uma greve contra a desigualdade de género. Suíças pedem “mais dinheiro, tempo e respeito”.

De acordo com a BBC, esta greve pela igualdade de género acontece 28 anos depois de uma ação semelhante ter levado meio milhão de mulheres a sair às ruas da Suíça, em 1991, quando ainda não havia representantes do sexo feminino no Governo nem licença de maternidade.

Tal como recorda a Euronews, o 14 de junho é bastante simbólico no país porque foi nesse dia, corria o ano de 1981, que se introduziu na Constituição um artigo referente à igualdade de género.

Hoje, algumas coisas já mudaram: oito mulheres figuram no Executivo e o direito à licença de maternidade está consagrado na lei. No entanto, as suíças continuam a ganhar, em média, menos 20% do que os homens, estão menos representadas em cargos de chefia, as vagas nos infantários são escassos e caros e as suas pensões são 37% mais baixas, uma vez que tiram mais tempo do trabalho para criar os filhos do que os homens.

Em 2018, foi aprovada uma lei sobre igualdade salarial, porém, o texto acabou por não refletir o que se propunha inicialmente. Exemplos disso são o facto de só referir empresas com mais de 100 funcionários e não incluir qualquer sanção para companhias que não paguem o mesmo a homens e mulheres pelo mesmo trabalho.

Desde então, mulheres de todo o país têm estado a mobilizar-se para uma nova greve como a de 1991, usando as redes sociais para chegar ao maior números de pessoas possível. #Frauenstreik e #GrèvedesFemmes – “greve das mulheres” em Alemão e Francês, respetivamente – têm sido algumas das tendências dos últimos dias.

A greve e os protestos foram convocados para esta sexta-feira sob o lema “por mais dinheiro, mais tempo e mais respeito!”.

ZAP //

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