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Mulher desenvolve cancro raro após acidente na manicure

Nos Estados Unidos, uma mulher de 50 anos foi diagnosticada com tipo de cancro raro, associado à infeção pelo papilomavírus humano (HPV), após sofrer um acidente na manicure.

Na altura, a profissional fez acidentalmente um corte profundo na cutícula da cliente, que não se cicatrizou adequadamente, e serviu de porta de entrada para o vírus. Meses após o acidente, a lesão tornou-se um cancro da pele — um carcinoma de células escamosas em estágio 1.

Hoje, a paciente Grace Garcia, da Califórnia, está bem e já passou por uma cirurgia de remoção do cancro no dedo, bem-sucedida. Como o diagnóstico foi precoce, ela não precisou de passar por sessões de radioterapia.

Para entender a origem do cancro da pele da norte-americana, é preciso contar que, em novembro de 2021, a paciente foi a uma manicure e sofreu uma lesão na base da cutícula.

Por causa disso, passou por alguns médicos, mas a ferida parecia não cicatrizar de forma adequada. De seguida, formou-se uma espécie de verruga escura no local da lesão.

Em abril de 2021, a paciente chegou ao dermatologista Teo Soleymani, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), que solicitou uma biópsia da “verruga”. Segundo o médico, o cancro era do tipo carcinoma de células escamosas, o que é menos agressivo que um melanoma — outro tipo de cancro da pele.

No entanto, a causa era estranhamente incomum: uma estirpe do HPV na região da unha. Isto porque, normalmente, este tipo de vírus provoca outros tipos de tumores, como o cancro do colo do útero, não afetando os dedos dos pacientes.

Este tipo de cancro “é muito raro por várias razões. As cepas que causam cancro associado ao HPV tendem a ser transmitidas sexualmente”, explica Soleymani ao jornal Today.

“No caso de Grace, ela teve uma lesão, que se tornou a porta de entrada. Aquela pele grossa que temos nas mãos e nos pés que funciona como uma barreira natural contra infeções e coisas assim já não existia, e o vírus conseguiu infetar a pele dela”, acrescenta.

“O caso dela ainda era interessante, porque a evolução da doença era de aproximadamente três meses, sendo bem menor que o [tempo médio dos primeiros sinais do] carcinoma de células escamosas”, completa o médico.

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