Negociadores da Rússia e dos Estados Unidos abordaram hoje em Genebra a situação na Ucrânia, com Moscovo a assegurar não ter “qualquer intenção de atacar” o país vizinho e Washington a reiterar advertências sobre uma eventual invasão.
O negociador russo indicou que os EUA não devem “subestimar” o risco de um confronto, e assegurou que os norte-americanos “levam muito a sério” os avisos emitidos por Moscovo, em particular sobre as consequências de um eventual alargamento da NATO em direção a leste.
Por sua vez, a parte norte-americana assinalou que a política de “portas abertas” da NATO vai prosseguir, apesar de manifestar disposição para o diálogo com a Rússia, incluindo sobre controlo recíproco de armamento e manobras militares.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou em dezembro o homólogo russo, durante uma conversa telefónica, que Washington responderá “determinadamente” a qualquer invasão da Ucrânia pela Rússia, enquanto Vladimir Putin frisou que sanções contra Moscovo serão um “erro colossal”.
A conversa surgiu depois da tensão entre a NATO e a Rússia ter subido nos últimos dias com o aumento da presença das tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia a causar receios de que uma guerra está iminente, especialmente ainda na ressaca da anexação da Crimeia por Moscovo em 2014, um conflito que já causou mais de 13 mil mortos, e das declarações públicas de Putin no passado, em que defendeu que os russos e os ucranianos são o mesmo povo.
ZAP // Lusa
Alguém os relembre que já atacaram e atacam todos os dias na Crimeia e no leste da Ucrânia!…