Morreu Louis Gossett Jr., primeiro ator negro a receber Óscar de Melhor Ator Secundário

Everett Collection / Paramount

Louis Gossett Jr., o primeiro ator negro a conquistar um Óscar de Melhor Ator Secundário e um Emmy de Melhor Ator, morreu aos 87 anos, disse hoje um familiar à agência Associated Press.

O ator Louis Gossett Jr. morreu esta quinta-feira à noite em Santa Monica, Califórnia, adiantou o primo do ator, Neal L. Gossett, em declarações à AP.

Não foram reveladas as causas da morte do ator, a quem tinha sido diagnosticado em 2010 um cancro da próstata.

Louis Gossett Jr. obteve em 1982 o Óscar de Melhor Ator Secundário pelo desempenho do autoritário sargento Emil Foley, no filme “Oficial e Cavalheiro“, de Taylor Hackford.

Quatro anos ants, tinha conquistado um Emmy pela interpretação de Fiddler, na série “Raízes“, uma das primeiras grandes produções televisivas a abordar diretamente os crimes do racismo e da escravidão.

Gossett recebeu mais 6 nomeações para os Emmy ao longo dos anos, incluindo pela interpretação de Anwar el-Sadat, o Presidente egípcio que negociou a paz com Israel após a Guerra dos Seis Dias, na produção televisiva “Sadat”, de 1983, que mais tarde o ator considerou um dos seus desempenhos preferidos.

A revista Variety recorda hoje atuações de Louis Gossett Jr. em produções televisivas como “Backstairs at the White House”, “Palmerstown, U.S.A.”, “A Gathering of Old Men” e “Touched by an Angel”, assim como a sua participação em “Boardwalk Empire” e “The Book of Negroes”, dois dos seus trabalhos mais recentes.

No ano passado foi o patriarca do ‘remake’ de “A Côr Púrpura”, a segunda adaptação cinematográfica do romance, após o filme dirigido por Steven Spielberg em 1985.

Em declarações à AP, Neal L. Gossett recorda, no seu primo, “um grande contador de anedotas” e também um homem que admirava Nelson Mandela e que enfrentou e combateu o racismo “com dignidade e humor“.

Não importam os prémios, não importa o brilho e o glamour, os Rolls-Royces e as grandes casas em Malibu. O que importa é a humanidade das pessoas que ele defendia”, disse Neal L. Gossett.

ZAP // Lusa

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