O médico Albino Aroso, conhecido como o “pai” do planeamento familiar e eleito um dos 65 clínicos “mais dedicados a causas públicas no campo da saúde”, morreu hoje no Porto, segundo fonte do Ministério da Saúde.
Nascido em Vila do Conde, a 22 de fevereiro de 1923, Albino Aroso era professor associado jubilado de Ginecologia no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto.
No Portal do Ministério da Saúde, Albino Aroso é apontado como autor de uma intensa atividade e como tendo “prestado enormes contributos à coletividade nacional e deixando o seu nome inscrito na história da saúde em Portugal”.
O Diretor-Geral da Saúde, Francisco George, recorda Albino Aroso, hoje falecido, como “o médico português que mais influenciou o desenvolvimento da saúde de todos os portugueses”.
“É o médico que mais contribuiu para a elevação do nível de saúde de Portugal”, disse à Lusa Francisco George, que, em 2006, atribuiu a Albino Aroso o primeiro Prémio Nacional de Saúde.
O Presidente da República recordou hoje Albino Aroso como “um exemplo notável de médico humanista, que dedicou o seu profundo saber e grande experiência à causa pública” e lembrou o seu contributo decisivo no combate à mortalidade infantil.
“Ao longo da sua vida, Albino Aroso foi um exemplo notável de médico humanista, que dedicou o seu profundo saber e grande experiência à causa pública, tendo papel destacado e pioneiro na instituição do planeamento familiar no nosso país”, lê-se numa mensagem de condolências enviada pelo chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, à família de Albino Aroso..
Na missiva, divulgada no ´site’ da Presidência da República, Cavaco Silva sublinha igualmente o contributo do médico no combate à mortalidade infantil, área em que Portugal fez “progressos extraordinários em poucas décadas”, apresentando hoje uma das taxas mais reduzidas de toda a Europa ocidental.
“Muitos milhares de crianças sobreviveram graças à acção e ao empenho de Albino Aroso”, salienta o chefe de Estado.
O Presidente da República recorda igualmente em, que 2006, Albino Aroso foi “justamente galardoado com o I Prémio Nacional de Saúde”, tendo ainda sido considerado, pela Associação Médica Mundial, como um dos 65 clínicos mais dedicados às causas públicas em todo o mundo.
“Devemos honrar a sua memória e seguir o seu exemplo de vida”, acrescenta Cavaco Silva.
Vídeo: Homenagem ao Dr. Albino Aroso
ZAP/Lusa