Montenegro está “a recrutar” para coligação — e não é só à direita

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Ricardo Castelo / Lusa

Luís Montenegro, líder do PSD

Luís Montenegro, líder do PSD

CDS alinha, IL de fora. O PSD já está a recrutar para formar nova plataforma política e procura desta vez apoio “além-fronteiras”. O objetivo será mesmo juntar todos os insatisfeitos — à direita, ao centro e até à esquerda.

O líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, tem-se dedicado a estabelecer uma futura coligação política com vista as próximas eleições antecipadas marcadas para 10 de março.

Atingido de frente pela recente debandada na Iniciativa Liberal (IL), que acumula divergências internas no que respeita à estratégia partidária — o partido opta por concorrer sozinho às eleições e viu sair 25 elementos de uma só vez — Montenegro não contará com o partido. Em seu lugar, procura recrutar aqueles que se afastaram da “caricatura” que consideram ser a IL.

Muitos destes militantes já terão mostrado, inclusive, disponibilidade para se juntarem à nova plataforma política do PSD, avança o Jornal Sol esta sexta-feira.

Abertura de horizontes

Luís Montenegro procura desta vez apoio “além-fronteiras”, para lá da tradicional parceria com o Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP). Os esforços discretos do líder social-democrata estendem-se a personalidades do centro e até do centro-esquerda, algumas das quais anteriormente ligadas ao Partido Socialista.

Entre os potenciais aliados, estarão figuras há muito descontentes com a governação socialista e sua falta de reformas significativas que formariam com Montenegro uma coligação semelhante à Aliança Democrática de Francisco Sá Carneiro, que além do CDS e do PPM, também incluiu membros afastados de Mário Soares. O objetivo será juntar todos os insatisfeitos.

O anúncio oficial dos membros desta coligação está previsto para breve, seguido de uma reunião da Comissão Política Nacional do PSD para decisões finais sobre a formação da coligação. Posteriormente, a decisão será submetida a votação no Conselho Nacional.

Congresso: o arranque da campanha eleitoral

Paralelamente, o PSD planeia transformar o seu próximo Congresso em Almada num evento de arranque para a campanha eleitoral.

O encontro contará com discursos de figuras proeminentes do partido, incluindo Miguel Poiares Maduro, José Luís Arnaut, e Nuno Morais Sarmento, além de mensagens de líderes europeus de apoio a Montenegro.

O Congresso é visto como mais do que um encontro estatutário. Espera-se um evento de grande dimensão onde o partido demonstrará força e união, e cujo grande objetivo será criar visibilidade política e uma mudança na perceção pública do PSD — que se tem evidenciado pouco favorável nas mais recentes sondagens.

Tomás Guimarães, ZAP //

6 Comments

  1. Portugal precisa de sair desta estagnação. Este país triste e adiado precisa de horizontes de maior esperança e progresso para todos. Talvez o PSD consiga trazer um dinamismo novo. Apostar no revolucionário radical Nuno Santos, seria pior a emenda que o soneto. Seria a desgraça fatal do país que nos conduziria rapidamente a sermos os últimos da Europa.

  2. João Soares mas o PSD. não esteve a desgovernar os portugueses,recorda-se dos 15 por cento de desemprego,dos Feriados roubados dos Duodeçimos, a memória está nesse estado? mas a maioria ainda não felizmente.

  3. Oh, AJOC, recordamo-nos disso tudo, mas tudo começou já com o Eng. Sócrates e a banca rota a que ele conduziu o país. Quem chamou a Troika foi o Sócrates e o PS e coube depois ao PSD governar o país com a intervenção da Troika. Podia fazer melhor? Talvez pudesse, mas até foi quem ganhou as eleições depois dos quatro anos de governação. Não teve foi a maioria necessária. Mais uma vez o habilidoso, o poucochinho, que pôs o Seguro pela borda fora, fez uma habilidade de fazer uma coligação pós-eleitoral que a maioria dos portugueses nunca tinha pensado. Agora, passados uns anos, com uma maioria absoluta, implodiu. O António Costa só pode queixar-se de si próprio e dos rapazes que escolhia para o apoiarem. Durante estes dois anos de maioria absoluta o Governo andou só com trapalhadas, demissões em cima de demissões, que para o AC eram “casinhos”. Até que chegou a vez dele ou ele não sabia o que se estava a passar? Nunca sabia de nada. Foi sempre um não responsável ou irresponsável). Os outros é que eram os culpados de tudo. Ainda hoje o culpado de tudo que se enjeita é o Passos Coelho. E lá se passaram oito anos em que não houve uma reforma do que é que fosse. O que interessava era saber contentar os eleitores portugueses. O marketing sempre a funcionar. Ainda agora todos os dias vem um peso pesado do PS à televisão para relativizar tudo o que, por último, se passou.

  4. Oleb
    Essa da banca rôta já não cola, rôtos estávamos nós todos a ficar, se o Coelhone não tem sido saneado, voçês não sabem viver em democracia, isso que aconteceu nas eleições de 2015 acontece em qualquer parte do mundo democratico, governa quem conseguir uma maioria, ponto final vou só dar um exemplo na europa, o Luxembourg é governado por uma coligação de três partidos, e o partido do Primeiro Ministro ficou em terceiro lugar, isto é a Democracia a funcionar, aprendam, já agora se contentou os Portugueses como diz ainda bem, pelo menos não os deixou de pernas para o ar como o indivíduo que tivemos até 2015.

  5. Do Coelho a resposta não era nada. Aumentou os impostos que pôs os portugueses de joelhos a pedir esmola. Foi tudo para a banca e os grandes grupos económicos. Políticas neoliberais que obrigavam o trabalhador a receber o que patrão lhe queria dar. O Montenegro é uma continuação mas ainda pior que o coelho. Vá o diabo e escolha. Foi ao bolso dos reformados e se ficasse faria pior . Daqui não sonhem nem acreditem em promessas. O Coelho prometeu mas nada cumpriu.

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