O “Índice de Mobilidade” da passada sexta-feira foi estimado em 72%, apenas a três pontos percentuais dos 75% da população que havia sido estimado como média antes da pandemia.
O sentimento geral é comum e confirma-se: os portugueses estão a circular mais do que no primeiro confinamento de março, na primeira fase da pandemia. Embora o número de mortes e casos de covid-19 por dia esteja constantemente a bater valores recorde, os portugueses estão mais relaxados neste segundo confinamento.
Segundo estatísticas trabalhadas pela consultora PSE, em nenhum dia deste novo estado de emergência se verificaram os valores de adesão detetados no primeiro estado de emergência.
Por exemplo, 23 de janeiro foi o dia com maior adesão, em que 65% dos portugueses cumpriram o recolhimento obrigatório. Por outro lado, no primeiro confinamento, o primeiro sábado registou uma taxa de adesão de 69%, realça o semanário Expresso.
Enquanto em março de 2020, a adesão dos portugueses ao confinamento chegou aos 73%, no domingo 24 de janeiro esse indicador não foi além dos 57%. Na sexta-feira, dia 29 de janeiro, o cumprimento ficou-se pelos 46%.
“Só com os fechos das escolas foi possível chegar a Confinamento no Lar acima dos 50%”, realça a consultora PSE.
O “Índice de Mobilidade” da passada sexta-feira foi estimado em 72%, apenas a três pontos percentuais dos 75% da população que havia sido estimado como média antes da pandemia.
“Esta tendência é relativamente preocupante, uma vez que a situação pandémica atinge novos máximos e temos grande parte da atividade comercial e escolar encerrada”, refere a PSE em comunicado.
“Na semana de 11 de janeiro, os índices andavam perto de 100, ou seja, perfeitamente em linha com a mobilidade existente antes da pandemia. No dia 15 de janeiro dá-se uma considerável redução da mobilidade da população, iniciando uma tendência decrescente, que culminou com o mínimo de 59, a 25 de janeiro”, lê-se ainda no comunicado da PSE.
O estudo da PSE tem por base os dados recolhidos junto de 3.670 utilizadores de uma aplicação de telemóvel que permite localizar a localização dos participantes. Estes, são representativos de 6.996.113 portugueses com mais de 15 anos de idade residentes que vivem nas regiões de Grande Porto, Grande Lisboa, Litoral Norte, Litoral Centro e Distrito de Faro. A margem de erro é de 1,62% e o intervalo de confiança é de 95%.