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“Lendária” e misteriosa espécie de orca avistada por cientistas

Cientistas admitem o possível avistamento de uma das espécies de orca mais misteriosas da natureza. A orca é conhecida como o “Tipo D”, mas muito raramente foi vista ou ouvida.

A orca foi avistada no Cabo Horn, no extremo sul do Chile, onde os cientistas conseguiram gravar imagens da lendária orca “Tipo D“. São raras as vezes em que se tem o privilégio de ver esta espécie, como foi o caso do encalhe em massa na praia de Paraparaumu, na Nova Zelândia, em 1955.

Há quatro anos atrás, investigadores conseguiram recolher as primeiras filmagens desta misteriosa espécie, mas agora, um grupo de cientistas da Administração Nacional Oceânica e da Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) não só filmou as orcas, como recolheu três amostras de tecido dos animais.

No encalhe de 1955, foram também recolhidos tecidos e dentes das orcas, que foram preservadas e só em 2013 finalmente analisadas. A análise mostrou que esta espécie é geneticamente diferente dos outros três tipos de orcas conhecidas e que diverge de outras orcas de há cerca de 390 mil anos.

Um artigo publicado, em 2010, na revista Polar Biology mostra observações sobre estas diferenças entre o “Tipo D” e as outras espécies. Será possível ainda saber mais, caso as amostras recolhidas no Cabo Horn coincidam com as amostras de 1955, da Praia Paraparaumu.

“Estamos muito entusiasmados com as análises genéticas que estão por vir”, disse o ecologista marinho Bob Pitman, do Centro de Ciências da Pesca Sudoeste da NOAA Fisheries, que tem procurado a orca durante mais de 14 anos.

“As orcas do tipo D podem ser o maior animal ainda não descrito do planeta e uma clara indicação de quão pouco sabemos sobre a vida nos nossos oceanos”, acrescentou Pitman.

 

Albino.orca / Wikimedia

Os diferentes tipos de orca.

Não é só a nível genético que estas orcas diferem das mais comuns. Fisicamente, têm testas bulbosas semelhantes às baleias-piloto, uma barbatana mais estreita e pontiaguda, dentes mais pequenos e manchas brancas menores atrás dos olhos. Além disso vivem em águas extremamente inóspitas, fora do círculo antártico.

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