Hugo Delgado / Lusa
Nélson Veríssimo tem sete missões em mãos, desde o ataque ao mercado de transferências à mudança no sistema tático.
Assumindo interinamente o comando técnico dos ‘encarnados’, Nélson Veríssimo pega num Benfica fragilizado e à deriva. A saída de Jorge Jesus e as duas derrotas consecutivas com o FC Porto deixam as ‘águias’ de orgulho ferido, mas com vontade de regressar em força.
Veríssimo conhece bem a casa, estando há 18 anos na Luz. Começou como jogador, passou pela equipa secundária e agora repete um papel interino que já teve no passado. As circunstâncias são diferentes, assim como as missões que tem.
O jornal A BOLA escreve que há uma reunião em agenda para definir o ataque ao mercado de transferências. A prioridade será a contratação de mais um defesa-central.
Além disso, também se poderá moldar uma estratégia para eventuais negociações de saídas de alguns jogadores mais cobiçados. Darwin Núñez, Vlachodimos ou Grimaldo são alguns dos nomes em cima da mesa, embora a SAD não queira fragilizar a equipa com saídas de múltiplos jogadores fulcrais.
Ainda segundo o diário desportivo, Veríssimo tem sete questões que quer resolver assim que possível.
A primeira é a estabilidade do plantel, que vem de duas más exibições que resultaram em duas derrotas contra um rival e adversário direto. Não só o Benfica foi afastado da Taça de Portugal, como se viu mais longe da liderança da Liga Bwin. O emblema da Luz ocupa agora o terceiro lugar, a sete pontos do FC Porto e do Sporting CP.
Nélson Veríssimo procurará também uma série de vitórias que possa contribuir para o primeiro ponto da agenda. Os próximos jogos frente ao Paços de Ferreira, Moreirense e Arouca podem ajudar a construir isso mesmo.
A Taça da Liga é também um objetivo para o Benfica, que vê uma hipótese real de vencer a competição, principalmente dado o afastamento dos ‘dragões’. O Benfica defronta o Boavista, dia 25 de janeiro, e caso vença, disputará a final com o vencedor do jogo entre o Sporting e o Santa Clara.
O Benfica vai procurar também apostar na Liga dos Campeões, em que conseguiu superar uma fase de grupos complicada, deixando para trás o FC Barcelona. Os milhões da Champions são de extrema importância para o clube.
Veríssimo deverá também abandonar o sistema de três centrais adotado por Jorge Jesus, regressando ao 4-4-2. Esta tática é mais familiar aos jogadores benfiquistas e pode trazer mais estabilidade e melhores resultados.
O novo treinador interino conhece bem a equipa B das ‘águias’ e entende que pode aproveitar alguns dos seus talentos. Estabelecer uma ponte com a equipa secundária benfiquista é, segundo o jornal A BOLA, uma das missões de Veríssimo.
Por fim, Nélson Veríssimo vai apostar na rentabilização dos reforços, dado que o Benfica não poderá investir afincadamente neste mercado de transferências. As contratações terão de ser inteligentemente aproveitadas para reforçar setores mais fragilizados.
Com muito talento à sua disposição, o treinador benfiquista vai procurar colar as peças de uma equipa que está atualmente desorientada.
De acordo com o jornal Record, a estratégia do Benfica para este mercado passa pela redução do plantel. Os ‘encarnados’ quererão fazer cortes na formação principal, contando com o apoio da equipa B, como já referido.
