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Misoginia e assédio (incluindo piropos) são considerados crimes de ódio pela polícia de Nottinghamshire

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SXC

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A polícia do condado de Nottinghamshire expandiu as suas categorias de crime de ódio para incluir incidentes misóginos, caracterizados por comportamentos contra uma vítima simplesmente por esta ser mulher.

Assédios sexuais e verbais indesejados que não se enquadrem na categoria de crime sexual, incluindo piropos na rua, devem ser registados como um crime de ódio – como o racismo – para que as autoridades possam investigar as queixas e prestar apoio às vítimas, segundo as novas regras que combatem o abuso sexista.

O departamento da polícia do condado de Nottinghamshire já trabalha com o Centro de Mulheres de Nottingham para prestar apoio às que têm a coragem de denunciar os abusos e agressões de que são vítimas.

“O que as mulheres enfrentam diariamente é absolutamente inaceitável e pode ser extremamente aflitivo”, relata à BBC Sue Fish, chefe do departamento de polícia da cidade.

“A polícia de Nottinghamshire quer levar a sério os crimes de ódio misóginos e encorajar qualquer pessoa que se sinta vitimada por eles a contactar-nos sem hesitação”.

De acordo com a chefe da polícia, a ideia de incluir a misoginia entre as categorias de crimes de ódio surgiu no ano passado durante a Conferência de Nottinghamshire pela Segurança das Mulheres. Durante essa conferência, a jornalista da BBC Sarah Teale foi assediada na rua, durante a cobertura do encontro em direto.

Rachel Krys, do grupo “Pare a violência contra mulheres”, ressalta que “uma pesquisa recente verificou que 85% das mulheres entre os 18 e os 24 anos têm experiência de atenção sexual indesejada em lugares públicos e 45% têm experiência de toque sexual não desejado que pode ser considerado agressão sexual”.

Atualmente, a polícia no Reino Unido monitoriza cinco tipos de crimes de ódio – deficiência; identidade de género; raça, etnia ou nacionalidade; religião, fé ou crença; e orientação sexual – sendo que cada departamento pode alargar a lista acrescentando subtópicos a essas cinco categorias.

“Entender [o sexismo] como um crime de ódio vai ajudar as pessoas a perceberem a seriedade destes incidentes e, esperemos, encorajar mais mulheres a darem a cara e a denunciarem ofensas”, diz Melanie Jeffs, do Centro de Mulheres de Nottingham.

“Estamos satisfeitas que a polícia de Nottinghamshire tenha reconhecido esta amplitude de violência e intimidação que as mulheres sofrem numa base diária nas nossas comunidades.”

ZAP / SN

5 Comments

  1. Foi assim que se passou do deboche do império romano para o obscurantismo da idade média? Claro enquadrado noutra perspectiva temporal.

  2. No entanto manifestações de paneleiros e lésbicas ou nudistas já devem ser aceites por aquilo que temos vindo a observar, é o mundo que vamos tendo depois admiram-se dos revoltosos fazerem das suas.

  3. Está tudo doido! qualquer dia olhar para uma mulher bonita na rua vai ser crime! Mas os boiolas deste mundo podem fazer as “gay parades” que lhes derem na gana, semi-nus aos beijos e apalpões em frente de famílias heterossexuais e crianças sem que isso seja considerado ofensivo ou crime público! Como disse: anda tudo doido varrido….

  4. É engraçado ler reclamações já que sabemos que a maioria das cantadas são escrotas mesmo, homem não ouve cantadas e se ouvisse não seria merda então porque as mulheres tem que aguentar isso? Eu queria andar e não ouvir cantada, pessoas que não conheço falando um monte de merda não da pra aguentar.

  5. É engraçado ler homens reclamando até porque sabemos que a maioria das cantadas são escrotas mesmo e mesmo se não fossem ninguém é obrigado aguentar uma pessoa que você nem conhece falando um monte de merda na rua, ouvir reclamações de pessoas que nunca vão passar por isso(só se algum dia as mulheres ficarem tão escrotas).

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