Pedro Nuno Santos defende inocência, mas admite demissão se a Justiça o decidir

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Nuno Fox / Lusa

Pedro Nuno Santos defendeu a sua inocência, mas admitiu a demissão do Governo se for esse o entendimento da Justiça.

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, disse hoje que as dúvidas sobre incompatibilidades, por ter participação em empresa detida pelo pai, ficaram “sanadas” em 2019, razão pela qual não cedeu os 0,5% na Tecmacal.

“Para mim, — e quando olhamos para as notícias, para toda a gente – [o assunto] ficou sanado em 2019 e essa é razão pela qual não foi cedida a percentagem de 0,5%”, afirmou o ministro das Infraestruturas e da Habitação.

Pedro Nuno Santos está a ser ouvido na Assembleia da República, por requerimento do PS, para esclarecimentos sobre a celebração de contratos públicos por uma empresa do pai do ministro, onde tem uma participação “simbólica”.

“Se estiver em incompatibilidade, […] cumprirei a sanção que me for aplicada. A única questão aqui que me revolta, obviamente é que eu estive três anos a achar que estava bem, e não é porque não conhecia a lei, eu conhecia a lei, mas também conhecia a interpretação da lei”, disse o ministro.

“Obviamente que terei de cumprir, e cumprirei, com toda a responsabilidade [a decisão do Ministério Público e do Tribunal Constitucional]. Sairei sempre, caso isso aconteça, com um profundo sentimento de injustiça: injustiça pessoal, injustiça para a minha família, injustiça para a empresa e injustiça para a democracia”, tinha dito antes o ministro.

Em causa está uma notícia do Observador, que avançava que uma empresa detida pelo ministro Pedro Nuno Santos e pelo seu pai terá beneficiado de um contrato público por ajuste direto.

O ministro referia-se a um parecer da Procuradoria-Geral da República, de 2019, solicitado por dúvidas sobre incompatibilidades no caso de Pedro Nuno Santos que, disse, o deixou “descansado”.

“A questão, para mim e para o Governo, ficou sanada. Havia dúvidas, foi pedido parecer ao Conselho Consultivo, esse parecer, naquele momento esclareceu as dúvidas, a questão ficou sanada”, sublinhou o governante.

Pedro Nuno Santos acrescentou ainda que “toda a gente estava convencida de que aquele parecer se aplicava” ao seu caso.

“O jornalista que escreveu a peça e que está aqui hoje, o jornalista Rui Pedro Antunes, na altura, ele próprio escreveu uma peça em que dizia que o parecer ilibava o meu caso em concreto”.

// Lusa

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4 Comments

  1. Não, não ficaram. E já estás para além do prazo. São tantas as trapalhadas desta criatura que já é conhecido pelo Cabrita II. Demite-te!

  2. É uma desgraça, este gajo. Numa empresa corriam com este artolas a pontapé. Para governo qualquer totó serve. Chiça que o gajo nem postura desenvolta tem. Parece uma estátua. Se houvesse um primeiro ministro com eles no sítio, este incompetente já há muito que estava no olho da rua.

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