O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, pretende separar a ferrovia da rodovia, escreve o jornal Público esta quarta-feira.
De acordo com o matutino, o objetivo passa por acabar com a empresa Infraestruturas de Portugal (IP) que surgiu da fusão da Refer com a Estradas de Portugal.
“Ficámos a saber que existe a ideia de que a fusão foi um erro e que as realidades rodoviárias e ferroviárias são totalmente distintas, tendo ainda o senhor ministro referido que, caso o seu atual mandato tenha continuidade após as eleições de outubro, irá trabalhar no sentido de separar de novo as duas empresas que, após a fusão, deram origem à IP”, refere a Comissão dos Trabalhadores da Infraestruturas de Portugal em comunicado a que o jornal teve acesso.
A Comissão de Trabalhadores da IP manifestou ainda que viu “com agrado a decisão que foi tomada na empresa estatal CP, [de] integração da empresa participada EMEF e [de] reforço de quadros. Esta decisão também não é do agrado de todos, mas havendo vontade política e quem defenda o serviço público conforme ele deve ser defendido, tudo se consegue”, pode ler-se ainda.
Tal como escreve o jornal, foi em 2015 que a IP foi criada de forma, sob a alçada do anterior Governo. A junção da Refer com a Estradas de Portugal não estava prevista no Governo do antigo primeiro-ministro Passos Coelho e não foi uma imposição da troika.
A criação da IP foi sempre contra a vontade dos trabalhados ferroviários que lamentavam que a Refer acabou por ser “absorvida” pela Estradas de Portugal.
O Público escreve ainda que Pedro Nuno Santos pode avançar com a medida de duas formas. A primeira possibilidade passa pela a criação de uma holding IP direcionada às Infraestruturas de Portugal e outra dedicada às infraestruturas rodoviárias (IP Ferrovia e IP Rodovia). Já a segunda hipótese passa pela criação de uma holding CP que acomode uma CP Serviços destinada ao transporte de passageiros e uma CP Infraestrutura. Desta forma, a parte rodoviária ficaria numa empresa própria.
Contudo, o ministro parece mais inclinado para a segunda hipótese, tal como escreve o jornal tendo por base algumas das suas declarações públicas. Pedro Nuno Santos afirmou, recorde-se, que “a CP ainda há-de voltar a ser uma grande empresa”.
Definitivamente, as campanhas eleitorais não servem para nada, é só para gastar dinheiro público, ou seja de cada um dos portugueses!
Quando fui votar, ninguém prometeu a separação da organização da ferrovia com a das autovias?
Sr. ministro e Sr. Primeiro ministro, tomaram posse só à 25 dias e já estão a alterar o que prometeram na campanha eleitoral?!!
Só há 25 dias e não “só à 25 dias”