O Ministério da Saúde já respondeu às exigências dos enfermeiros que exigem a formação de carreira de especialistas, que tem levado a várias greves do setor: mais 150 euros, reposição das horas de qualidade e transição das 40 para 35 horas semanais em 2018 é a proposta do Governo.
O Ministério da Saúde mostrou-se disposto a responder aos apelos dos enfermeiros que exigem carreira de especialidade e consequente aumento salarial. Um suplemento de 150 euros é aquilo que o Governo está disposto a oferecer pelas funções diferenciadas que desempenham.
A proposta já foi enviada ao SEP, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que, já na semana passada, tinha decidido também avançar com a marcação de uma nova greve por não ter ficado satisfeito com a evolução das negociações.
No documento enviado ao Sindicato, o Ministério da Saúde reconhece os enfermeiros que “se mostram indispensáveis” e garante que tem “adotado medidas que concorrem para a dignificação destes profissionais”, nomeando, a título de exemplo, a reposição das 35 horas semanais para a função pública, o reforço do número de enfermeiros, ou a eliminação de cerca de 3 mil situações de trabalho precário.
No entanto, o Governo afirma querer prosseguir com essa política de “valorização dos trabalhadores” e por isso propõe então dar o braço a torcer em alguns aspetos.
O descongelamento das carreiras a partir de 2018, a reposição das horas de qualidade, e a diferenciação remuneratória dos enfermeiros especialistas no exercício dessas funções, a entrar em vigor em janeiro de 2018, – que se traduz no valor de 150 euros – são os compromissos elencados pelo Governo.
O valor proposto pelo Ministério da Saúde fica ainda muito aquém do suplemento exigido pelo SEP. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses pedia uma subida de duas posições na tabela remuneratória, ou seja, um suplemento de 400 euros.
No entanto, de acordo com o Observador, estas serão as mesmas medidas que o Governo terá apresentado na semana passada ao SEP e que o Sindicato terá considerado insuficientes, pelo que se espera agora uma reação do Sindicato.
Tudo bem que queiram ser reconhecidos (com um aumento de salário) mas… para os especialistas que desempenhem funções nos serviços/atividades para o qual estão habilitados pela dita especialidade. Há enfermeiros que tiraram a especialidade em “clínica geral” mas querem ser considerados especialistas estando a trabalhar em obstetrícia. Eu tenho uma especialidade (pós-graduação em NEE) mas não vou querer ganhar mais estando a trabalhar numa área tecnológica… na qual não sou especialista nem especial.
Não existe especialidade em “clínica geral” na enfermagem.
Naturalmente os Enfermeiros também devem perceber que só devem ganhar mais (justo e não migalhas de 150 euros) se realmente estiverem a desempenhar essas actividades. Tem de ser aberto concurso.
Vergonhoso quererem estar acima do que lhes é permitido, sim, cito com veemência estas atitudes de enfermeiros que quanto mais reclamam especialidade, menos fazem profissionalmente.
Então um enfermeiro é sempre um enfermeiro, com o devido respeito, cada qual a desempenhar as suas funções na saúde e nos diversos pontos de actividade, ou seja, todos serão especialistas nas diversas funções que desempenham, ou estarei errado? O que poderia aqui ser feito era mesmo um incentivo aos mais dedicados, produtivos, etc…Enfim todos querem tudo, mas responsabilidades e merece-lo estão muito aquém do que valem, seja pela profissão que exercem, seja pela moral que deveriam ter no desempenho das funções que detêm.
Tenham um pouco mais de espeito por quem vos paga o sustento, o POVO e os necessitado, que amanhã poderão vós também serem uns deles. Fim de citação, obrigado