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Mini-robôs criados a partir de células humanas curam tecido neuronal

Gizem Gumuskaya / Tufts University.

Anthrobot

Uma equipa de investigadores criou uma nova classe de robôs biológicos multicelulares conhecidos como “Anthrobots”.

Estes robôs inovadores são derivados de células progenitoras somáticas, um tipo de células estaminais de células pulmonares humanas.

Cada Anthrobot começa como uma única célula do pulmão humano adulto. Através de um sofisticado processo de cultura, estas células organizam-se em estruturas multicelulares móveis que variam entre 30 e 500 microns de diâmetro – semelhante ao tamanho de um cabelo humano. Esta transição é crítica, uma vez que permite a orientação dos cílios para o exterior, o que é essencial para o seu movimento.

Os Anthrobots demonstram uma versatilidade notável nos seus movimentos, capazes de viajar em padrões que vão desde laços apertados a linhas retas a velocidades entre 5 e 50 microns por segundo.

Ao contrário de pequenos robôs anteriores desenvolvidos a partir de células embrionárias de rã, estes robôs baseados em células humanas têm uma maior gama de comportamentos e potenciais aplicações.

Para testar o potencial terapêutico dos Anthrobots, os investigadores realizaram uma experiência em que vários bots foram colocados num pequeno prato. Os bots fundiram-se para formar uma estrutura maior, que foi depois colocada numa camada danificada de tecido neural.

Surpreendentemente, no espaço de três dias, o Anthrobot curou o tecido. Esta capacidade de auto-cura surgiu sem qualquer programação genética, detalha o site ZME Science.

A capacidade dos Anthrobots para reparar arranhões em folhas de células neurais in vitro apresenta aplicações biomédicas imediatas, particularmente na medicina personalizada. Estes robôs podem potencialmente ser concebidos para executar tarefas complexas sem manipulação genética direta ou escultura manual.

Esta abordagem inovadora poderá revolucionar a forma como reparamos e regeneramos os tecidos, oferecendo a esperança de tratamentos médicos mais eficazes e personalizados. O estudo que detalha estes desenvolvimentos notáveis foi publicado recentemente na revista Advanced Science.

ZAP //

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