Aproximadamente 52 mil milhões de máscaras foram produzidas em 2020, devido à pandemia de covid-19, e cerca de 1,56 mil milhões irão acabar nos oceanos, revela um relatório publicado recentemente.
Tendo em conta a quantidade de máscaras faciais produzidas no ano passado e o facto de estas serem constituídas por plástico, a OceansAsia, um grupo dedicado à conservação dos oceanos, avaliou o impacto que estas têm no planeta e revela que serão necessários 450 anos para que o plástico se possa decompor.
De acordo com o Interesting Engineering, o relatório ressalva ainda que, apesar dos seus cálculos serem “prudentes”, pelo menos 3% desses 52 mil milhões de máscaras irão acabar nos nossos oceanos.
“Anualmente, estima-se que a poluição marinha causada por plástico mata 100 mil mamíferos marinhos e tartarugas, mais de um milhão de aves marinhas e um número ainda maior de peixes, invertebrados e outras formas de vida marinha”, diz o relatório.
Além disso, as “comunidades costeiras, pescas e economias” também são afetadas e prejudicadas.
“Por favor, usem máscaras reutilizáveis, a não ser que seja absolutamente necessário [usar máscaras descartáveis], amigos”, apelou Teale Phelps Bondaroff, principal autor do relatório, na sua página de Twitter.
Excited to be releasing our detailed report on #MarinePlastic #PlasticPollution and facemasks next week!
Please wear a reusable mask unless absolutely necessary friends 😷#Oceans #Saanich https://t.co/beMxkTxnoF
— Dr. Teale Phelps Bondaroff (@TealePB) December 3, 2020
A poluição por plástico já é um problema há muitos anos, mas, em 2020, disparou devido à pandemia causada pelo novo coronavírus – a nossa segurança ficou dependente de equipamentos de proteção individual, que são, por norma, descartáveis, como é o caso das máscaras e das luvas.
“As máscaras descartáveis são feitas a partir de uma variedade de plásticos derretidos e são difíceis de reciclar, tanto por causa da sua composição, como do risco de contaminação e infeção“, explica o relatório.
“Estas máscaras vão parar aos nossos oceanos quando são postas no lixo ou descartadas de forma inadequada, quando os sistemas de gestão dos resíduos são inadequados ou inexistentes ou quando esses sistemas estão sobrecarregados devido ao aumento do volume de resíduos”, dizem os autores.
E o problema, além do tempo que demoram a decompor-se, é que prejudicam os animais marinhos, causando, até, a morte de muitos.
Pois, o nosso Guterres e a rapariga das tranças gostam muito de palco e de falar do apocalipse.
Agora, em que de facto podiam ter feito alguma coisa por antecipação e podiam ter evitado a targédia, nunca procuraram o palco como o procuraram antes.
Provavelmente, quando a pandemia terminar, voltarão ao palco a falar do que está mal. Provavelmente até falarão mais, pois as coisas pioraram ainda mais. Mas a questão é que não falaram no momento certo, não falaram no momento em que poderíamos ter evitado mais um desastre ambiental. E havia soluções para o ter evitado…
Ainda bem, assim até às sardinhas ficam protegidas da PANdemia! Nunca foi tão saudável comer salmão da Noruega! A Greta que o diga!
Ficam as sardinhas e o fiel amigo.