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Milhares protestam em Hong Kong por desaparecimento de funcionários de editora

Cerca de 6.000 pessoas reuniram-se este domingo no centro de Hong Kong para pedir a libertação de cinco funcionários de um editora local, que estarão alegadamente em poder das autoridades chinesas.

Os desaparecidos trabalham para a editora Causeway Books / Mighty Current, conhecida por publicar livros críticos para com o governo chinês.

Os caso reaviva os receios de que Pequim estará a reforçar o seu domínio sobre Hong Kong, antiga colónia britânica convertida numa região semi-autónoma chinesa em 1997.

O desaparecimento do editor Lee Bo, de 65 anos, é o que mais inspira preocupação. O editor foi capturado enquanto estava em sua casa, em Hong Kong, enquanto os restantes quatro se encontravam na China e na Tailândia.

Na sequência do desaparecimento, diversos políticos locais, defensores dos direitos humanos e a população em geral acusam o governo chinês de ter sequestrado Lee Bo.

Entre os termos do acordo de Pequim com Hong Kong está a proibição de que as forças de segurança chinesas actuem no território semi-autónomo.

“Exigimos do governo chinês a libertação imediata dos cinco desaparecidos”, declarou Richard Thoi, um dos organizadores do protesto, citado pela Europe 1.

Pequim recusa-se a comentar o assunto.

Durante a semana, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que o desaparecimento dos cinco funcionários é perturbador.

A União Europeia considerou as notícias do desaparecimento inquietantes e recordou também que dois dos desaparecidos tem também nacionalidade europeia – sueca e britânica.

ZAP

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