/

Microsoft afundou um data center em 2018. Dois anos depois, revela o que descobriu

Em 2018, a Microsoft aproveitou a tecnologia de submarinos para afundar um data center que poderia fornecer ligação à Internet durante anos na costa de Orkney. Agora, foi recuperado e os investigadores estão a testá-lo para analisar o seu desempenho.

Muitos dos problemas associados aos grandes servidores prendem-se com as próprias condições naturais do ambiente, tal como o oxigénio e humidade, que criam corrosão aos componentes. Este facto levou a Microsoft a realizar o teste de afundar um data center, o Project Natik. Durante dois anos, este manteve-se a operar a partir do mar da Escócia.

“A recuperação lançou a fase final de um esforço de anos que provou que o conceito de datacenters subaquáticos é viável, bem como logisticamente, ambientalmente e economicamente prático”, escreveu John Roach, da Microsoft, em comunicado.

De acordo com Interesting Engineering, uma das primeiras coisas que os invetsigadores notaram foi que o data center tinha uma taxa de falha menor do que um convencional. Apenas oito dos 855 servidores a bordo falharam.

Agora, a empresa está a tentar descobrir porque é que os servidores no data center subaquático são oito vezes mais confiáveis ​​do que os que estão em terra.

A Microsoft especula que a maior confiabilidade pode estar relacionada com o facto de que não havia humanos a bordo e que foi bombeado nitrogénio em vez de oxigénio. Se suas teorias se provarem corretas, poderão usar as descobertas em data centers hospedados em terra firme.

O Projeto Natick também provou que o data center pode ser recuperado num estado bastante imaculado. “Ficámos muito impressionados com o quão limpo estava na verdade”, disse Spencer Fowers, um dos principais membros da equipa técnica do grupo de pesquisa de Projetos Especiais da Microsoft, em comunicado. “Não tinha muito crescimento marinho endurecido. Era principalmente espuma do mar”.

Porém, talvez a maior lição a ser tirada do Projeto Natick foi como usar a energia de uma forma mais sustentável. “Conseguimos funcionar muito bem no que a maioria dos data centers terrestres considera uma rede não confiável”, disse Fowers. “Estamos esperançosos de poder olhar para as nossas descobertas e dizer que talvez não precisemos ter tantas infraestruturas focadas em energia e confiabilidade.”

ZAP //

 

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.