México processa fabricantes de armas dos EUA para tentar deter comércio ilegal

UN DRR / Flickr

O ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano, Marcelo Ebrard

O Governo do México lançou uma ação civil num tribunal do Massachusetts, nos Estados Unidos (EUA), contra um conjunto de fabricantes por “comércio negligente”, visando deter o “tráfico ilegal” de armas através da fronteira, destinadas a cartéis.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Marcelo Ebrard, indicou que o tráfico ilegal de armas “está intimamente ligado à violência no México”, pretendo através da ação que essas empresas indemnizem o Estado mexicano pelas “suas práticas negligentes”, num valor superior a 10 mil milhões de dólares (8,5 mil milhões de euros), noticiou o Público.

Ebrard disse que as empresas Smith & Wesson, Barrett Firearms, Colt’s Manufacturing Company, Glock e Ruger atenderam aos “gostos e necessidades” dos cartéis mexicanos. O processo visa ainda que esses fabricantes desenvolvam “padrões razoáveis ​​e verificáveis” para controlar e disciplinar os seus distribuidores.

“Esta ação legal não substitui outros esforços. O México tem que fazer mais e melhor para controlar a sua fronteira”, referiu. “Vamos reduzir drasticamente o comércio ilegal de armas. Quem fabrica, promove e incentiva este tráfico a partir dos Estados Unidos não pode ficar impune”, frisou.

Um estudo encomendado pelo governo mexicano revelou que 2,5 milhões de armas foram contrabandeadas ilegalmente para o país na última década, incluindo de nível militar.

ZAP //

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